
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) celebrou a aplicação da Lei Magnistky à esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, e afirmou que a punição é uma resposta à “perseguição” contra seu pai. O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por liderar a trama golpista.
“Eu espero que a elite brasileira entenda que somente parando a perseguição, cujo único remédio possível é uma anistia dos fatos, começando em 2019, para que não haja mais a possibilidade de se desengavetar qualquer desculpa para perseguir opositor político”, disse Eduardo em vídeo publicado no X.
O projeto citado por ele é o defendido por Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara, que quer perdoar crimes incluídos até mesmo no inquérito das fake news. Paralelamente, lideranças no Congresso Nacional tentam reduzir os impactos da anistia e discutem um projeto de “dosimetria”.
O deputado diz que a aprovação deste texto é a única forma de “reduzir essa temperatura”. “Espero que a elite brasileira seja pressionada a fazê-lo, caso não tenha consciência necessária”, prosseguiu. Ele ainda disse que “várias outras autoridades serão sancionadas hoje, ao longo do dia”.
ESPOSA DE MORAES É SANCIONADA COM LEI MAGNITSKY
Cúmplices de Moraes sancionados. Só a ANISTIA aos fatos, começando 2019, é capaz de reduzir a temperatura. pic.twitter.com/5wrR6RbylJ
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) September 22, 2025
Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda (22) a punição à mulher de Moraes. O Departamento do Tesouro do país incluiu o nome da advogada na lista da Lei Global Magnitsky, que bloqueia bens e restringe circulação em território americano.
Além de Viviane, a medida também atinge o instituto Lex, sediado em São Paulo, atua no setor de serviços, com foco em treinamentos e formação jurídica. A entidade pertence à família do magistrado.
O ministro também foi alvo da medida em julho. Na ocasião, o Departamento do Tesouro americano acusou o ministro de “usar sua posição para autorizar detenções preventivas arbitrárias e reprimir a liberdade de expressão”.