Magnitsky: EUA cancelam visto de chefe de gabinete de Alexandre de Moraes

Atualizado em 22 de setembro de 2025 às 20:30
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A chefe de gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristina Yukiko Kusahara, teve seu visto para os Estados Unidos cancelado. A informação foi confirmada por um oficial do Departamento de Estado americano e faz parte de uma lista de autoridades brasileiras afetadas por sanções.

Além dela, o ex-advogado-geral da União José Levi e o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves também foram incluídos na medida. A decisão atinge ainda juízes que trabalharam nos gabinetes de Moraes no STF e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre eles Airton Vieira, Marco Antonio Martin Vargas e Rafael Henrique Janela Tamai Rocha.

O atual advogado-geral da União, Jorge Messias, também foi alvo da suspensão. A restrição se estende a familiares imediatos das autoridades citadas, ampliando o alcance da sanção imposta pelo governo americano.

A lista divulgada inclui ainda a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa de Alexandre de Moraes, que foi incorporada ao rol de pessoas atingidas pela Lei Magnitsky. Uma empresa ligada a ela e aos três filhos do ministro também foi alvo da medida.

A Lei Magnitsky é utilizada pelos Estados Unidos para sancionar indivíduos ou entidades acusados de corrupção e violações de direitos humanos. A inclusão de familiares de autoridades brasileiras reforçou o impacto da decisão.

As sanções se somam a outras restrições impostas por Washington a políticos e membros do Judiciário brasileiro em meio ao embate diplomático que envolve o governo Donald Trump e decisões recentes do STF e do TSE em processos ligados à trama golpista.