
A embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou nesta segunda-feira (22) um comunicado confirmando novas sanções contra autoridades brasileiras, aplicadas pelo governo de Donald Trump. As medidas incluem a aplicação da Lei Magnitsky e a revogação de vistos de integrantes do Judiciário e de auxiliares ligados ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo texto publicado pela representação diplomática no X, em nome do secretário de Estado Marco Rubio, as sanções têm caráter de alerta. “Os Estados Unidos estão sancionando uma rede-chave de apoio ao violador de direitos humanos Alexandre de Moraes, incluindo sua esposa e a holding deles, o Instituto Lex. Que isto sirva de aviso a quem ameace os interesses dos EUA protegendo e respaldando atores estrangeiros como Moraes: vocês serão responsabilizados”, disse a nota.
Entre os atingidos está o advogado-geral da União, Jorge Messias, que teve o visto revogado nesta segunda-feira. Ele declarou que a decisão representa uma injustiça contra sua atuação no cargo. Também foram incluídos na lista a advogada Viviane Barci, esposa de Moraes, e o instituto da família, o Lex Instituto de Estudos Jurídicos.
Os Estados Unidos estão sancionando uma rede-chave de apoio ao violador de direitos humanos Alexandre de Moraes, incluindo sua esposa e a holding deles, o Instituto Lex. Que isto sirva de aviso a quem ameace os interesses dos EUA protegendo e respaldando atores estrangeiros como… https://t.co/44pLLPZIhh
— Embaixada EUA Brasil (@EmbaixadaEUA) September 22, 2025
Outros nomes mencionados pelo Departamento do Tesouro dos EUA foram: José Levi do Amaral, ex-procurador-geral da República e ex-secretário-geral de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Benedito Gonçalves, ex-juiz eleitoral; Airton Vieira, juiz auxiliar no STF; Marco Antonio Martin Vargas, ex-assessor eleitoral; e Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, assessor judicial e ex-auxiliar de Moraes.
As sanções estão fundamentadas em acusações de violações de direitos humanos e práticas consideradas arbitrárias atribuídas a Alexandre de Moraes. O governo norte-americano indicou que a Lei Magnitsky continuará a ser aplicada contra pessoas e instituições que, segundo eles, ameacem interesses estratégicos dos Estados Unidos.
De acordo com figuras políticas próximas a Trump, novas medidas semelhantes ainda podem ser anunciadas nos próximos meses. As sanções incluem restrições financeiras, bloqueio de ativos em território norte-americano e impedimentos de entrada no país.