
O ex-ministro e ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) declarou que não voltará a disputar a Presidência da República. Em entrevista à rádio Itatiaia, após palestra em um evento universitário na região metropolitana de Belo Horizonte, ele disse: “Não quero mais ser candidato, não. Não quero mais importunar os eleitores”.
Ciro concorreu pela quarta vez ao Planalto em 2022, quando tentou se posicionar fora da polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Naquele pleito, obteve 3% dos votos válidos e terminou em quarto lugar, atrás de Simone Tebet (MDB). O pedetista também disputou em 1998 e 2002 pelo PPS, alcançando 10,9% e 11,9% dos votos, e em 2018 pelo PDT, quando teve 12,4%.
A trajetória política de Ciro inclui o governo do Ceará entre 1991 e 1994 e passagens como ministro da Fazenda no governo Itamar Franco e ministro da Integração Nacional na gestão de Lula. Apesar de sondagens de partidos como PSDB e União Brasil, até o momento ele não confirmou mudança de legenda.
Ao ser questionado sobre o cenário de 2026, o ex-presidenciável afirmou não ver nomes com capacidade para resolver os problemas do país. “Cada vez que me candidatei, eu tinha capacidade, sabia que dava conta de resolver o problema. Hoje, tenho dúvidas se alguém tem capacidade de resolver o tamanho do abacaxi que essa maluquice de Lula e Bolsonaro produziu no País”, disse.
Aliados do pedetista chegaram a aconselhá-lo a aproveitar divergências entre governadores da direita para se lançar como alternativa contra Lula. Ainda assim, ele reiterou que não pretende mais concorrer ao Planalto. Em dezembro de 2023, já havia dito em entrevista à GloboNews que não havia desistido, mas tinha sido “desistido” e que dificilmente voltaria a disputar eleições presidenciais.
“Eu vou seguir lutando, mas disputar eleição não quero mais não”, reforçou. Mesmo com convites de outras legendas, Ciro mantém a posição de não se candidatar novamente, encerrando uma trajetória de quatro tentativas presidenciais ao longo de sua carreira política.