Trump fala em “sabotagem” na ONU e aciona Serviço Secreto após falha em escada

Atualizado em 25 de setembro de 2025 às 0:01
O presidente dos EUA, Donald Trump, e a primeira-dama Melania Trump sobem em escada rolante na sede das Nações Unidas em Nova York, EUA23/09/2025 • REUTERS/Kylie Cooper

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quarta-feira (24) que o Serviço Secreto abriu investigação sobre o que classificou como “sabotagem tripla” ocorrida durante sua participação na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. O republicano afirmou que enfrentou três falhas sucessivas: a escada rolante em que subia com a primeira-dama Melania parou de repente, o teleprompter apagou e o sistema de som falhou.

Segundo Trump, a escada rolante quase provocou sua queda e a de Melania. Ele usou a plataforma Truth Social para cobrar a prisão do responsável e afirmou que os episódios foram “eventos muito sinistros”. Durante o discurso, de acordo com o presidente, os líderes presentes não puderam ouvi-lo integralmente por causa de falhas no áudio.

A Organização das Nações Unidas contestou as acusações. Em nota, o porta-voz Stéphane Dujarric explicou que a escada parou após o acionamento do mecanismo de segurança, possivelmente porque o cinegrafista de Trump subia de costas para filmar a chegada. Ele disse ainda que o teleprompter é operado pela Casa Branca e não pela ONU.

Sobre o sistema de som, Dujarric afirmou que os discursos são transmitidos em seis idiomas diferentes, acessíveis por fones de ouvido individuais, e que não houve registro de pane técnica. A ONU também informou que foi solicitado que as câmeras de segurança preservem as imagens do momento do incidente, conforme pedido do governo norte-americano.

Trump insistiu que houve tentativa de prejudicá-lo durante o evento e que o Serviço Secreto já trabalha para identificar possíveis responsáveis. Ele classificou a situação como inédita em participações de chefes de Estado na ONU e reforçou que exigirá explicações formais.

A declaração foi feita um dia após o republicano participar da assembleia e reforçar críticas à comunidade internacional. A repercussão nos Estados Unidos gerou debates sobre se os incidentes foram falhas técnicas comuns ou parte de uma narrativa política do presidente.