20 viaturas e 80 agentes: Polícia Civil faz nova operação contra o PCC em SP

Atualizado em 26 de setembro de 2025 às 8:31
Policiais do Garra/Dope, da Polícia Civil, em operação nesta sexta (26) contra o PCC em São Paulo. Foto: Reprodução/TV Globo

A Polícia Civil de São Paulo realiza, na manhã desta sexta-feira (26), uma operação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) na capital e no interior do estado. A ação cumpre seis mandados de busca e apreensão e dois de prisão, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

De acordo com a SSP, a operação ocorre na Zona Oeste da capital e em cidades do interior paulista. Mais de 20 viaturas, quatro delegados e 80 policiais participam da ação, que tem como alvo suspeitos de envolvimento em roubos de residência.

A operação está sob responsabilidade do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), com apoio do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas).

Ligação com o caso Ruy Ferraz

Inicialmente, circulou a informação de que a ação estaria ligada à investigação sobre o assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, morto em uma emboscada no último dia 15 de setembro, em Praia Grande, no litoral sul do estado.

No entanto, fontes do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) negaram relação direta entre a operação desta sexta e o caso.

Mesmo assim, o delegado Tom Blumer, do Garra, explicou que parte das equipes em campo também integra a força-tarefa que apura o crime contra o ex-delegado.

“O Garra/Dope, através da equipe de intervenções estratégicas que está participando da força-tarefa da delegacia-geral que investiga o crime envolvendo o ex-delegado-geral, realiza diligências. As investigações estão avançadas. É uma grande força-tarefa que nos próximos dias também terá mais pessoas presas, mais respostas a esse crime horrendo e violento”, afirmou Blumer.

O assassinato

Ruy Ferraz, de 64 anos, foi assassinado a tiros em uma emboscada. Imagens do ataque mostram o momento em que ele tentou escapar, mas bateu em dois ônibus em uma avenida movimentada. Três homens encapuzados e com coletes à prova de balas desceram de um veículo e dispararam contra o ex-delegado, que morreu no local.

As investigações trabalham com duas hipóteses: execução pelo PCC, em razão do histórico de enfrentamento de Ferraz à facção, ou ligação com sua atuação como secretário da Administração em Praia Grande.

O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, já declarou que não há dúvidas sobre o envolvimento do PCC no crime.