Elon Musk e o príncipe Andrew, do Reino Unido, foram citados em novos documentos relacionados ao caso Jeffrey Epstein, divulgados nesta sexta-feira (26). O material foi entregue ao Comitê de Supervisão da Câmara dos Estados Unidos pelo espólio do financista, morto em 2019, após ser acusado de exploração sexual de menores.
Segundo a BBC, uma anotação datada de 6 de dezembro de 2014 registra: “Lembrete: Elon Musk irá para a ilha em 6 de dezembro (isso ainda está acontecendo?)”. O dono da Tesla e do X já havia aparecido em lotes anteriores de documentos, mas sempre negou envolvimento com Epstein.
Os arquivos também apontam que o príncipe Andrew teria viajado em um voo para a Flórida em 12 de maio de 2000 ao lado de Epstein e da socialite Ghislaine Maxwell. Maxwell foi condenada em 2021 a 20 anos de prisão por tráfico sexual. Andrew chegou a ser alvo de processo por abuso sexual de menor, encerrado em 2022 após acordo de mais de US$ 90 milhões.
Outros nomes aparecem nos registros, como o de Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump, citado em um encontro em fevereiro de 2019, além do empresário Peter Thiel e do fundador da Microsoft, Bill Gates. Em 2022, Gates afirmou que se reunir com Epstein havia sido “um erro”.
Epstein foi condenado pela primeira vez em 2008, após denúncias de abuso contra adolescentes, mas cumpriu apenas 13 meses em regime especial. Em 2019, foi preso novamente acusado de tráfico sexual de dezenas de jovens. Um mês depois, foi encontrado morto em sua cela em Nova York, aos 66 anos. A causa foi registrada como suicídio.
O nome de Musk volta à cena meses depois de o bilionário ter acusado o presidente Donald Trump de vínculos com Epstein em uma postagem no X, removida logo em seguida. A citação em novos documentos mantém o caso em evidência e reacende o debate sobre as conexões do financista com líderes políticos e empresários de renome mundial.