É farta a safra de boas notícias contra o fascismo. Por Moisés Mendes

Atualizado em 26 de setembro de 2025 às 23:17
Eduardo Bolsonaro falando em microfone, cabisbaixo, em pé, de camisa social azul, segurando copo de água
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) – Reprodução

Foi bom ver o Brasil liderando a retirada do plenário da ONU de representantes de dezenas de países, no momento em que Benjamin Netanyahu, o maior assassino do século 21, começou a discursar.

É bem bom ver a briga de Eduardo Bolsonaro com o centrão e parte da extrema direita. Agora, o filho do chefe da organização criminosa quer o dinheiro do tio Valdemar Costa Neto, dono do PL, porque o partido estaria dando dinheiro demais para Michelle e nenhum dinheirinho pra ele.

É bom ver a briga de Hugo Motta com Davi Alcolumbre, depois que o Senado pulverizou a PEC da bandidagem. Motta, o estagiário, está sob pressão do bolsonarismo na Câmara, para que cobre de Alcolumbre um acordo que deveria fazer a PEC andar no Senado.

Como se, depois das manifestações de domingo, fosse possível manter qualquer acordo com os senadores para proteger criminosos do Congresso.

É bom ver Lula brilhando de novo na ONU, 16 anos depois de ser definido como “o cara” por Barack Obama, no fim do segundo governo, em 2009.

Também faz bem saber que Tarcísio de Freitas, o vacilante, vai desistir de enfrentar Lula, por não conseguir agradar o fascismo, a velha direita, o centrão, a Globo, a Folha e o Estadão.

Todos os que buscam desesperadamente o adversário de Lula em 2026 se deram conta de que Tarcísio, um tenente que virou burocrata de Estado, é muito fraco.

E a melhor notícia, na semana em que a Polícia Federal apertou o cerco contra o poder econômico sócio do PCC, é essa: Bolsonaro, abandonado em casa pelos cúmplices do golpe, deixou de ser notícia.

Ninguém mais fala de Bolsonaro. O chefe da organização criminosa foi abandonado por Valdemar, Ciro Nogueira, Gilberto Kassab e outros que deveriam oferecer solidariedade e proteção.

Moisés Mendes
Moisés Mendes é jornalista em Porto Alegre, autor de “Todos querem ser Mujica” (Editora Diadorim) - https://www.blogdomoisesmendes.com.br/