Força de Lula no Nordeste atrapalha planos de Ciro Nogueira, Motta e Lira para 2026

Atualizado em 29 de setembro de 2025 às 6:45
Ciro Nogueira, Hugo Motta e Arthur Lira – Foto: Reprodução

A força de Lula e do PT no Nordeste se tornaram obstáculos para as pretensões de Hugo Motta, Arthur Lira e Ciro Nogueira em 2026. Os três líderes do Centrão enfrentam disputas locais e veem seus projetos eleitorais ameaçados pela influência de aliados do governo nos estados. Com informações do Globo.

Na Paraíba, Motta tenta emplacar o pai, Nabor Wanderley, como candidato ao Senado na chapa governista. Apesar da proximidade com Lula, o presidente da Câmara enfrenta resistência de aliados, como o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que também busca o apoio do PT para garantir sua vaga.

Em Alagoas, Arthur Lira tenta construir alianças para disputar o Senado, mas aparece atrás de Renan Calheiros (MDB), Davi Davino (Republicanos) e Alfredo Gaspar (União-AL) nas pesquisas. “Não serei candidato a deputado federal e não tenho nenhum plano de voltar para a presidência da Câmara. Eu sou pré-candidato ao Senado. Davi Davino e Alfredo são aliados e não tem a possibilidade de sair Arthur, Davino e Alfredo (ao mesmo tempo para o Senado), nem tem espaço para isso”, afirmou.

O ex-deputado Davi Davino – Foto: Reprodução

Lira ainda destacou que o cenário pode mudar dependendo da eleição presidencial: “Essa contextualização do MDB com o PT vai muito além disso. Se Tarcísio sair candidato dificilmente o MDB fica com o PT”.

Enquanto isso, o governo Lula não fez sinalização em favor do deputado, deixando o MDB comandar as negociações locais.

Já Ciro Nogueira enfrenta o maior bloqueio no Piauí. Eleito em 2018 com apoio do PT, o senador migrou para o bolsonarismo e agora está fora da chapa governista, que uniu PT, PSD e MDB. Ciro busca espaço nacionalmente, acenando como possível vice em 2026, mas insiste em concorrer à reeleição: “Estou disparado nas pesquisas no Piauí para o Senado”.

Outros nomes do Centrão, como Antonio Rueda (União Brasil), Celso Sabino (União) e André Fufuca (PP), também encontram dificuldades para 2026. Sabino e Fufuca devem deixar os ministérios que ocupam para disputar o Senado, enquanto Rueda tentará vaga de deputado federal no Rio em aliança com o PL.