
Luciano Fracaro, empresário paranaense, chama atenção nas redes sociais pela ostentação de bens de luxo. Dono de duas Lamborghinis, um BMW, um jato particular, um iate de 22 metros e 17 imóveis avaliados em R$ 7,6 milhões, ele exibe um patrimônio milionário. Em entrevista, chegou a dizer: “Todo mundo gosta das Lamborghinis, eu tenho duas. A maior embarcação que navega, acho que do Sul do Brasil, é a minha”. Com informações do UOL.
Apesar da vida de luxo, Fracaro acumula condenações na Justiça. Em 2023, foi sentenciado a três anos de prisão por participar de uma organização criminosa que fazia descontos indevidos de aposentados no Distrito Federal. A pena foi convertida em medidas alternativas, mas o Ministério Público recorreu pedindo aumento da punição. No ano seguinte, empresas ligadas ao empresário foram condenadas a pagar R$ 1,5 milhão por danos morais coletivos em São Paulo.
A atuação das companhias de Fracaro gerou milhares de processos. Só nos últimos quatro anos, foram mais de 15 mil ações, segundo levantamento do site Escavador. Em alguns casos, aposentados relataram cobranças de seguros nunca contratados. O Ministério Público também move processos no Rio Grande do Sul pedindo indenizações, incluindo uma de R$ 500 mil pelo mesmo motivo.
Nos bastidores políticos, o empresário conta com aliados de peso. O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) fez lobby no Banco Central e em bancos comerciais para beneficiar a financeira Sudacred, ligada ao grupo de Fracaro.

Além do apoio político, Fracaro investiu em doações eleitorais.
Em 2022, doou R$ 300 mil para a campanha de Ratinho Júnior (PSD), atual governador do Paraná, valor que foi a maior doação de pessoa física sem cargo político. Barros, por sua vez, integrou o governo estadual como secretário de Indústria, Comércio e Serviços entre 2023 e 2024.
A defesa do empresário argumenta que “seu patrimônio é fruto de uma trajetória de trabalho, dedicação, investimentos e gestão bem-sucedida”. Já sobre os processos envolvendo as empresas, advogados do grupo Suda afirmam que as práticas são regulares e que as questões estão sendo esclarecidas na Justiça.