
O jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi, viralizou nas redes sociais ao expor as mentiras do rabino sionista Gilberto Ventura durante um debate no Podcast 3 Irmãos, na última segunda-feira (29). Também de origem judaica, Altman rebateu os argumentos da extrema-direita, que defende o massacre que Israel impõe aos palestinos na Faixa de Gaza, classificando como a “página mais vergonhosa da história do povo judeu”.
“Entraram por terra. Se eles [Estado de Israel] tivessem realmente objetivo de genocídio, pode ter certeza que Israel tem o poder militar para apertar alguns botõezinhos e acabar com a população de Gaza rapidamente. Mas justamente o envio desses jovens, tão queridos, que amam a vida, é para expor o menor número de vidas de habitantes de Gaza e libertar as pessoas que a gente tem até hoje no subterrâneo”, argumentou o rabino em referência aos reféns israelenses.
Breno Altman então respondeu afirmando que a classificação de genocídio não foi determinada por ele, mas sim pela Corte Internacional de Justiça e pelo Tribunal Penal Internacional, “que expediu um mandato de prisão contra Benjamin Netanyahu”, primeiro-ministro de Israel.
“Até dois ex-primeiros-ministros de Israel reconhecem que o governo de Netanyahu estão cometendo crime de lesa humanidade”, disse o jornalista em referência a Ehud Olmert.
O vídeo que você verá agora é de tirar o fôlego. O rabino Ventura, sionista e que nega o genocídio em Gaza, é confrontado pelo também judeu, Breno Altman (@brealt), de uma forma irrefutável e que toca a alma. pic.twitter.com/hOczcGTVgE
— Andrade (@AndradeRNegro2) September 30, 2025
O fundador do Opera Mundi também ressaltou que, segundo a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), de um total de 66 mil mortos oficialmente por Israel, apenas 17 mil teriam vínculos com o Hamas.
“Há um enorme número de crianças mortas, rabino. O mundo inteiro está impactado com as filas organizadas pela ajuda humanitária, que hoje Israel controla, e como palestinos foram sendo metralhados, da mesma forma que nazistas faziam com judeus, quando nos convidavam a tomar banho nas duchas dos campos de concentração e, ao invés de água, o que nós tínhamos era o gás zyklon b. É um crime horrendo”, argumentou Altman.
O jornalista ainda rebateu o que Ventura ainda se convenceu a chamar de “fatos” em sua defesa do sionismo. “O nome disso não são fatos, o nome disso é genocídio, rabino. Um genocídio brutal, condenado no mundo inteiro”, disse ao encaminhar um conselho para seu interlocutor: “O senhor, com os valores tão nobres que carrega no coração, precisa abrir os olhos”.
“Infelizmente, o sionismo faz parte do judaísmo, embora o sionismo não seja, para nossa sorte, o próprio judaísmo. O sionismo é a parte criminosa do judaísmo. É a página perversa, a mais escura da nossa história”, finalizou.