
A deputada americana Rashida Tlaib (Partido Democrata) vai cobrar o governo de Donald Trump sobre o cancelamento do visto da presidente nacional do PSOL, Paula Coradi. A medida foi adotada pelos Estados Unidos na semana passada, após a participação da dirigente no Congresso dos Socialistas Democratas da América, em agosto. Com informações da coluna do Igor Gadelha no Metrópoles.
Paula confirmou à imprensa que a suspensão do visto foi comunicada oficialmente dias após sua viagem ao país. “É uma retaliação, e a deputada vai acionar o governo dos Estados Unidos”, afirmou. A iniciativa de Tlaib ocorre em meio às tensões diplomáticas entre Washington e autoridades brasileiras.
Na última quinta-feira (26), Paula usou as redes sociais para criticar a decisão do governo Trump. “Tive meu visto dos EUA cancelado nesta semana, em uma evidente retaliação política do governo Trump à firme atuação do PSOL em defesa da soberania do Brasil”, escreveu. A historiadora disse que não se intimidará com as medidas.
NÃO VAMOS RECUAR! ✊
Tive meu visto dos EUA cancelado nesta semana, em uma evidente retaliação política do governo Trump à firme atuação do PSOL em defesa da soberania do Brasil.
Se pensam que vão nos intimidar com essas medidas tacanhas, esses fascistas estão muito enganados. pic.twitter.com/C1yix89Epm
— Paula Coradi (@paulacoradi) September 26, 2025
Além de Paula Coradi, outros nomes brasileiros tiveram o visto cancelado. Entre eles, Jorge Messias, advogado-geral da União; José Levi, ex-secretário-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Benedito Gonçalves, ex-ministro do TSE; e Airton Vieira, juiz auxiliar do Supremo Tribunal Federal. Todos participaram de agendas institucionais recentes nos Estados Unidos.
O cancelamento ocorre após os EUA adotarem restrições semelhantes contra ministros do governo brasileiro. O caso amplia a lista de autoridades atingidas por sanções do governo Trump, em meio a críticas de retaliação política e de uso de vistos como instrumento de pressão diplomática.
A decisão americana levou a críticas de partidos de oposição e abriu novo foco de atrito entre o governo de Trump e lideranças progressistas brasileiras. O PSOL afirmou que seguirá denunciando a medida como um ataque político e defendeu solidariedade internacional frente ao que considera perseguição contra a esquerda.