O ativista brasileiro Thiago Ávila, integrante da Global Sumud Flotilha, divulgou na noite desta terça-feira (30) um vídeo denunciando que a Marinha de Israel estaria prestes a realizar uma interceptação ilegal em águas internacionais. Segundo ele, todos os cenários configuram ações ilegais em águas internacionais e representam um risco imediato à missão humanitária.
Ávila destacou que informações confiáveis já confirmaram a movimentação de navios israelenses em direção à flotilha, composta por quase 50 embarcações e centenas de pessoas de 44 países. Ele reforçou que a missão é pacífica e não violenta, mas que os participantes estão em alerta diante da possibilidade de serem sequestrados ou levados à força para portos israelenses.
THEY ARE COMING. Israel plans to illegally intercept the global sumud flotilla.
Do not let this aggression happen in the dark. Keep your eyes on flotilla pic.twitter.com/i75EQ6p2SP
— Global Sumud Flotilla Commentary (@GlobalSumudF) October 1, 2025
A Global Sumud Flotilha conta com 16 brasileiros a bordo, entre eles estão sindicalistas, militantes de movimentos sociais e parlamentares. Os nomes incluem Thiago Ávila, Bruno Gilga, Lisiane Proença, Mariana Conti e Luizianne Lins, além de outros ativistas.
Todos relataram estar preparados com coletes salva-vidas e em alerta máximo diante da ameaça. Os ativistas pedem apoio internacional para impedir a interceptação, considerada crime de pirataria, e exigem a abertura de um corredor humanitário para a Palestina.
🔴 ALERTA TOTAL | Navio de guerra do Estado sionista de Israel se aproxima da Global Sumud Flotilha
Denunciamos: qualquer abordagem é um crime contra o povo palestino e contra o direito internacional. Exigimos passagem segura já e nenhuma repressão à flotilha. pic.twitter.com/L1I2pTyYxl
— Bruno Gilga 🇵🇸 (@BrunoGilga) October 1, 2025
Segundo informações divulgadas por veículos locais, a unidade especial Shayetet 13 da Marinha israelense teria sido mobilizada para assumir o controle das embarcações e rebocá-las até o porto de Ashdod. Há ainda a possibilidade de afundamento de algumas fragatas, segundo relatos obtidos por ativistas.
A missão ocorre em meio à ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza e ao avanço da anexação de áreas da Cisjordânia por meio da expansão de colônias. Organizações internacionais afirmam que tais ações violam o direito internacional e intensificam a repressão à população palestina. Esta é a quarta tentativa de interceptação da flotilha somente em 2025. A organização pede solidariedade internacional para impedir que novos abusos sejam cometidos.