Thiago Ávila denuncia risco de Israel interceptar flotilha rumo a Gaza

Atualizado em 1 de outubro de 2025 às 0:08

O ativista brasileiro Thiago Ávila, integrante da Global Sumud Flotilha, divulgou na noite desta terça-feira (30) um vídeo denunciando que a Marinha de Israel estaria prestes a realizar uma interceptação ilegal em águas internacionais. Segundo ele, todos os cenários configuram ações ilegais em águas internacionais e representam um risco imediato à missão humanitária.

Ávila destacou que informações confiáveis já confirmaram a movimentação de navios israelenses em direção à flotilha, composta por quase 50 embarcações e centenas de pessoas de 44 países. Ele reforçou que a missão é pacífica e não violenta, mas que os participantes estão em alerta diante da possibilidade de serem sequestrados ou levados à força para portos israelenses.

A Global Sumud Flotilha conta com 16 brasileiros a bordo, entre eles estão sindicalistas, militantes de movimentos sociais e parlamentares. Os nomes incluem Thiago Ávila, Bruno Gilga, Lisiane Proença, Mariana Conti e Luizianne Lins, além de outros ativistas.

Todos relataram estar preparados com coletes salva-vidas e em alerta máximo diante da ameaça. Os ativistas pedem apoio internacional para impedir a interceptação, considerada crime de pirataria, e exigem a abertura de um corredor humanitário para a Palestina.

Segundo informações divulgadas por veículos locais, a unidade especial Shayetet 13 da Marinha israelense teria sido mobilizada para assumir o controle das embarcações e rebocá-las até o porto de Ashdod. Há ainda a possibilidade de afundamento de algumas fragatas, segundo relatos obtidos por ativistas.

A missão ocorre em meio à ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza e ao avanço da anexação de áreas da Cisjordânia por meio da expansão de colônias. Organizações internacionais afirmam que tais ações violam o direito internacional e intensificam a repressão à população palestina. Esta é a quarta tentativa de interceptação da flotilha somente em 2025. A organização pede solidariedade internacional para impedir que novos abusos sejam cometidos.