
O governo brasileiro elogiou o plano de paz apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar o conflito na Faixa de Gaza. Em audiência na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (1º), o chanceler Mauro Vieira afirmou que o Brasil vai “aplaudir publicamente” a iniciativa e pediu que ela seja aceita por Hamas e Israel.
“Sem dúvida nenhuma o Brasil aplaude a iniciativa e fazemos votos de que ela surta efeito, que seja aceita por todas as partes”, declarou o ministro das Relações Exteriores.
Segundo ele, o Itamaraty tomou conhecimento da proposta apenas no final da tarde de terça-feira, mas considera que ela está em linha com o que o país defende desde o início da guerra.
O que prevê o plano de Trump
O plano, anunciado na última segunda-feira (29) em Washington, durante encontro de Trump com o premiê israelense Binyamin Netanyahu, prevê cessar-fogo imediato, libertação dos reféns israelenses em até 72 horas, desarmamento do Hamas e retirada gradual das forças israelenses de Gaza. A proposta também cria uma autoridade de transição com participação do ex-premiê britânico Tony Blair.
Israel já aceitou o plano, enquanto os Estados Unidos pressionam o Hamas a fazer o mesmo. Países árabes e muçulmanos, incluindo Egito e Catar, elogiaram os “esforços sinceros” pela paz.
Já o Reino Unido, França, Alemanha e Itália declararam apoio firme à iniciativa, assim como a Rússia. Além disso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu que “todas as partes se comprometam com o plano de paz”.
O "plano de paz" de Trump para Gaza prevê um "Conselho da Paz" liderado por Trump e que incluirá o ex-premier britânico e atual lobista Tony Blair. É uma exigência de rendição às potências coloniais. Trump virou o maior “amigo de Israel”, diz Netanyahu. pic.twitter.com/0Ofe3RAGRa
— GugaNoblat (@GugaNoblat) September 29, 2025