
A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e os outros brasileiros sequestrados nesta quarta (1º) por israelenses enquanto levavam ajuda humanitária a Gaza, vão receber visitar consulares do Itamaraty nesta sexta (3). Eles estavam na flotilha humanitária Global Sumud, com cerca de 40 embarcações e 500 voluntários a bordo, quando foram interceptados.
“A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e os demais brasileiros detidos ilegalmente pelo Governo de Israel devem receber visitas consulares da Embaixada do Brasil ao longo de toda esta sexta-feira (3). A parlamentar permanece incomunicável há mais de 40 horas”, disse a assessoria da deputada ao DCM.
Segundo a equipe da parlamentar, o grupo levava “alimentos, medicamentos e próteses ao povo palestino”. A deputada estava acompanhada de ativistas, como Thiago Ávila, e três militantes do PSOL: Nicolás Calabrese (Rio de Janeiro), Gabi Tolotti (Rio Grande do Sul) e Mariana Conti (vereadora em Campinas).
“Todas as pessoas detidas, incluindo a delegação brasileira, já foram transferidos para o centro de detenção de Ketziot, a cerca de 30 quilômetros do Egito, onde o serviço consular do Brasil realiza as visitas para verificar as condições de integridade física e segurança dos cidadãos e cidadãs retidos. Os advogados da missão humanitária também estão dando assistência jurídica aos cidadãos e cidadãs brasileiros”, prosseguiu a assessoria.

Além da deputada e dos demais brasileiros detidos, o documentarista Miguel Viveiros de Castro também fazia parte da flotilha humanitária. Ele tinha um protocolo de contato rígido, enviando mensagens a cada 10 minutos, segundo a família, e desapareceu após a interceptação israelense.
Nas listas divulgadas até agora, Miguel aparece como “possivelmente interceptado”. Seus familiares exigem que o desaparecimento seja reconhecido formalmente e que o governo atue em instâncias internacionais para buscar informações.