A Bahia registrou nesta sexta (3) a primeira morte suspeita por intoxicação com metanol. A vítima é um homem de 56 anos que procurou atendimento na UPA do bairro Queimadinha, em Feira de Santana, a 109 km de Salvador, e não resistiu.
O caso foi confirmado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e pela Secretaria Municipal de Saúde. Amostras biológicas do paciente serão enviadas para análise em laboratório de referência, e o laudo definitivo, que deve confirmar ou descartar a intoxicação, deve sair em até sete dias.
Enquanto isso, equipes de vigilância estadual e municipal acompanham o caso em articulação com a Secretaria da Segurança Pública. A Sesab já havia orientado hospitais e postos de saúde, públicos e privados, a redobrar a atenção para sintomas de intoxicação por metanol.
Todos os casos suspeitos devem ser imediatamente comunicados para permitir resposta rápida e investigação sobre a origem das bebidas contaminadas. As secretarias de Saúde da Bahia e de Feira de Santana informaram ainda que estão em contato permanente com o Ministério da Saúde e outras autoridades sanitárias para compartilhar informações sobre casos registrados em diferentes estados.
Até agora, foram recebidas 59 notificações de suspeita de intoxicação em São Paulo, sendo 11 casos confirmados e 48 em análise, incluindo vítimas fatais.
Com o avanço das notificações, especialistas têm recomendado que a população evite consumir bebidas alcoólicas de origem duvidosa. O governo federal instalou uma sala de situação para monitorar diariamente os casos e apoiar ações de fiscalização.
A Bahia já teve episódios graves de contaminação por metanol. Em 1999, uma aguardente adulterada matou 35 pessoas em dez cidades do sudoeste do estado, como Poções e Ibicuí. Já em 1990, 14 pessoas morreram em Santo Amaro, no Recôncavo, após ingerirem bebida contaminada.