
Uma pesquisa Futura/Apex no Estado de São Paulo ajuda a explicar a suspensão da candidatura presidencial do governador Tarcísio de Freitas. Apesar da aprovação de 63,4% dos paulistas, ele perderia para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um eventual segundo turno na cidade de São Paulo e registraria empate técnico na região metropolitana. Em 2022, a vitória de Lula na capital foi decisiva para sua volta ao Palácio do Planalto.
No levantamento, Lula aparece na frente no estado de São Paulo na simulação de primeiro turno com 32,5%. A oposição se divide entre Tarcísio de Freitas (25,5%), Eduardo Bolsonaro (17,4%), Ratinho Jr (6,8%), Ronaldo Caiado (1,8%) e Romeu Zema (1,7%).
Em um segundo turno, Tarcísio venceria Lula no estado, por 52% a 35%, mas o presidente ficaria à frente na capital, com 46,5% contra 43,1%. Na Grande São Paulo, há empate técnico: Tarcísio 42,9% e Lula 42,1%.
São Paulo concentra 22% do eleitorado brasileiro e é historicamente um reduto do antipetismo. Nas nove eleições presidenciais, o PT só venceu no estado em 2002, com Lula. O desempenho do presidente em São Paulo, portanto, é considerado um indicativo de suas chances nacionais.
Segundo a pesquisa, Lula tem conseguido ampliar apoio na cidade de São Paulo, que soma 9,3 milhões de eleitores, número próximo ao de todo o Centro-Oeste. Enquanto 33,2% dos paulistas avaliam o governo Lula como ótimo ou bom, na capital esse índice sobe para 44%.

A situação de Tarcísio é diferente quando o foco é sua gestão estadual. O mesmo levantamento aponta uma reeleição tranquila para o governador, que mantém índices de aprovação elevados entre os paulistas.
A viabilidade de uma candidatura presidencial de Tarcísio depende de desempenho sólido contra Lula em São Paulo. Sem vitória folgada no próprio estado, as chances do governador em uma disputa nacional ficam reduzidas, segundo os números da Futura/Apex.