
A ativista sueca Greta Thunberg está detida em Israel sob condições consideradas degradantes, segundo relatos divulgados pelo jornal The Guardian a partir de comunicações internas do Ministério das Relações Exteriores da Suécia com pessoas próximas à jovem. Thunberg foi presa após participar da Global Sumud Flotilla, iniciativa internacional que tentou furar o bloqueio marítimo imposto à Faixa de Gaza.
De acordo com mensagens enviadas pelo ministério a familiares e colegas da ativista, diplomatas suecos conseguiram visitá-la em uma prisão no deserto de Negev. Durante o encontro, Thunberg relatou episódios de desidratação, falta de alimentação adequada e fornecimento insuficiente de água. Ela também teria informado que desenvolveu erupções cutâneas, que suspeita terem sido causadas por percevejos na cela.
🚨 “My name is Greta Thunberg . I'm a citizen of Sweden. If you are watching this video, I have been abducted and taken against my will by Israeli forces.. Please tell my government to demand my and the others' immediate release.”
JUSTICE FOR GRETA pic.twitter.com/sg5p8Dq4LI
— ADAM (@AdameMedia) October 2, 2025
Além disso, a sueca descreveu o tratamento recebido como severo e relatou passar horas sentada em superfícies rígidas. O texto diplomático também aponta que outro prisioneiro teria informado a representantes de uma segunda embaixada que Thunberg foi forçada a segurar bandeiras enquanto era fotografada, levantando suspeitas de que as imagens possam estar sendo usadas sem sua autorização.
Turkish journalist and Sumud Flotilla activist Ersin Celik:
The Israelis tormented Greta Thunberg, dragged her on the ground, and made her kiss the Israeli flag. Greta is just a small child. pic.twitter.com/YLuBwohZEo
— Global Sumud Flotilla (@GlobalSumud) October 4, 2025
As informações reforçam as preocupações de organizações de direitos humanos sobre a situação dos integrantes da flotilha, composta por dezenas de ativistas de diferentes países. Todos foram levados para a prisão de Ketziot, uma instalação de segurança máxima localizada no sul de Israel, conhecida pelo histórico de más condições relatadas por detentos palestinos.
A detenção de Thunberg repercutiu fortemente na Suécia, onde parlamentares e entidades civis pressionam o governo a interceder com mais firmeza junto às autoridades israelenses. O caso também reacendeu o debate internacional sobre a legalidade do bloqueio naval imposto a Gaza e sobre a resposta de Israel a iniciativas de solidariedade organizadas por grupos civis.
BREAKING:
“Israel will intercept us tonight — a blatant violation of humanitarian and maritime law.”
“Israel is not above international law.”
“They must be held accountable for their war crimes.”
“Stop the genocide.”
“End the occupation.”
“Free Palestine 🇵🇸!”—Greta Thunberg pic.twitter.com/pPsXQkDZvj
— sarah (@sahouraxo) October 1, 2025
Até o momento, o governo israelense não se pronunciou sobre as acusações específicas envolvendo a ativista sueca.