Greta Thunberg está sem água e comida e em cama com insetos em prisão de Israel

Atualizado em 4 de outubro de 2025 às 15:29
Chancelaria israelense divulgou um vídeo do momento da detenção de Greta Thunberg (Foto: Perfil do Ministério das Relações Exteriores de Israel no X/Reprodução)

A ativista sueca Greta Thunberg está detida em Israel sob condições consideradas degradantes, segundo relatos divulgados pelo jornal The Guardian a partir de comunicações internas do Ministério das Relações Exteriores da Suécia com pessoas próximas à jovem. Thunberg foi presa após participar da Global Sumud Flotilla, iniciativa internacional que tentou furar o bloqueio marítimo imposto à Faixa de Gaza.

De acordo com mensagens enviadas pelo ministério a familiares e colegas da ativista, diplomatas suecos conseguiram visitá-la em uma prisão no deserto de Negev. Durante o encontro, Thunberg relatou episódios de desidratação, falta de alimentação adequada e fornecimento insuficiente de água. Ela também teria informado que desenvolveu erupções cutâneas, que suspeita terem sido causadas por percevejos na cela.

Além disso, a sueca descreveu o tratamento recebido como severo e relatou passar horas sentada em superfícies rígidas. O texto diplomático também aponta que outro prisioneiro teria informado a representantes de uma segunda embaixada que Thunberg foi forçada a segurar bandeiras enquanto era fotografada, levantando suspeitas de que as imagens possam estar sendo usadas sem sua autorização.

As informações reforçam as preocupações de organizações de direitos humanos sobre a situação dos integrantes da flotilha, composta por dezenas de ativistas de diferentes países. Todos foram levados para a prisão de Ketziot, uma instalação de segurança máxima localizada no sul de Israel, conhecida pelo histórico de más condições relatadas por detentos palestinos.

A detenção de Thunberg repercutiu fortemente na Suécia, onde parlamentares e entidades civis pressionam o governo a interceder com mais firmeza junto às autoridades israelenses. O caso também reacendeu o debate internacional sobre a legalidade do bloqueio naval imposto a Gaza e sobre a resposta de Israel a iniciativas de solidariedade organizadas por grupos civis.

Até o momento, o governo israelense não se pronunciou sobre as acusações específicas envolvendo a ativista sueca.