
As audiências dos brasileiros detidos por Israel após a interceptação da flotilha humanitária Global Sumud foram concluídas neste domingo (5). Segundo a Embaixada do Brasil em Tel Aviv, o governo israelense pode iniciar os procedimentos de deportação a qualquer momento, mas ainda não há confirmação oficial sobre prazos ou condições para o retorno dos ativistas.
Entre os detidos está a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), que se recusou a assinar o documento de deportação acelerada por considerá-lo abusivo. Ela decidiu permanecer em solidariedade aos demais brasileiros e estrangeiros que também rejeitaram o procedimento. A flotilha transportava alimentos e medicamentos para a população palestina em Gaza quando foi interceptada em águas internacionais.

Relatos divulgados pela coordenação da missão e pela equipe da parlamentar apontam que os brasileiros seguem sob custódia em condições precárias na prisão de Ketziot, no deserto do Negev. Há denúncias de restrição de água, alimentação e medicamentos, além de episódios de pressão psicológica e agressões físicas contra alguns integrantes do grupo.
O Itamaraty e a Embaixada do Brasil em Israel acompanham o caso e aguardam informações oficiais sobre os voos de deportação. A expectativa é que os brasileiros sejam liberados nos próximos dias, mas a situação ainda depende de decisão final das autoridades israelenses.
Organizações de direitos humanos e parlamentares brasileiros continuam pressionando por uma solução imediata e pela garantia da integridade física dos detidos. O caso ocorre em meio ao aumento da tensão diplomática entre Brasil e Israel por causa das operações militares na Faixa de Gaza.