Casa de juíza é incendiada após ser alvo de ataques de integrantes do governo Trump

Atualizado em 5 de outubro de 2025 às 21:36
Casa da juíza Diane Goodstein em chamas

Algumas semanas depois de ter sido criticada publicamente por uma das principais funcionárias do Departamento de Justiça do governo Donald Trump, a juíza Diane Goodstein, da Vara de Circuito da Carolina do Sul, teve sua casa de praia destruída por um incêndio no sábado (4).

A procuradora-assistente geral Harmeet Dhillon, responsável pela Divisão de Direitos Civis do Departamento de Justiça, havia atacado Goodstein nas redes sociais após a magistrada suspender temporariamente a liberação de dados de eleitores da Carolina do Sul para o governo Trump.

Em uma postagem no X (antigo Twitter), Dhillon afirmou que o DoJ “não toleraria a anulação apressada das leis federais de votação por um juiz estadual” e prometeu “manter as listas de eleitores limpas”.

Já Elon Musk declarou que os EUA “não são uma democracia” e vivem uma “tirania do Judiciário”.

O fogo destruiu completamente a mansão de Goodstein em Edisto Beach, na Carolina do Sul, deixando três pessoas feridas. O marido da juíza, o ex-senador democrata Arnold Goodstein, precisou pular do primeiro andar para escapar das chamas e foi resgatado por vizinhos e paramédicos que usaram caiaques para chegar até o local.

Ele foi levado de helicóptero ao hospital com múltiplas fraturas.

A juíza Diane Goodstein

A juíza, de 69 anos, passeava com seus cães na praia quando o incêndio começou. Segundo testemunhas, as chamas consumiram rapidamente a casa de três andares localizada na comunidade privada de Jeremy Cay.

Agentes da Divisão de Aplicação da Lei da Carolina do Sul estão investigando o incêndio. Ainda não há informações sobre as causas do fogo.

Goodstein foi eleita juíza em 1998 e permanece no cargo desde então. Seu marido, Arnold, foi deputado e senador na década de 1970 e mais tarde atuou como empresário do setor imobiliário. O casal tem dois filhos adultos.