
O presidente Lula conversou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por videoconferência na manhã desta segunda (6). O diálogo, que durou cerca de 30 minutos, marcou o primeiro contato direto entre os dois desde a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em setembro.
A videoconferência foi conduzida a partir do Palácio da Alvorada, em Brasília. Lula esteve acompanhado dos ministros Fernando Haddad, da Fazenda; Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação; e Mauro Vieira, das Relações Exteriores. Também participaram o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e o assessor especial Celso Amorim.
Durante o encontro, Lula pediu a Trump o fim do tarifaço imposto sobre produtos brasileiros e a retirada das sanções aplicadas contra autoridades do país. O presidente brasileiro classificou a conversa como uma oportunidade de “restaurar as relações amigáveis” entre as duas maiores democracias do Ocidente.
Trump, segundo o Planalto, manteve um “tom amistoso” e designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para conduzir as próximas etapas de negociação com Alckmin, Haddad e Vieira.

Após a reunião, segundo a coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, Lula se reuniu novamente com Sidônio Palmeira para redigir a nota oficial do Palácio do Planalto, que deve sintetizar os principais pontos do encontro. O comunicado também destacou o “bom clima” e a continuidade do diálogo diplomático.
Além da questão comercial, Lula e Trump acertaram um encontro presencial nos próximos meses. O brasileiro sugeriu que a reunião ocorra durante a Cúpula da Asean, na Malásia, mas também se mostrou disposto a viajar aos Estados Unidos.
O presidente ainda aproveitou a ocasião para reiterar o convite a Trump para participar da COP30, em Belém.