
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, comentou sobre a recente conversa telefônica entre os presidentes Lula e Donald Trump, destacando a ausência de menção ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista ao Metrópoles, ele ressaltou que, ao contrário do que muitos esperavam, o nome dele não foi citado durante o diálogo entre os líderes, sugerindo que a questão já teria sido “superada” pela Casa Branca.
Farias afirmou que a prisão de Bolsonaro, frequentemente citada por seus apoiadores como um obstáculo para as relações entre Brasil e Estados Unidos, não foi mais uma pauta relevante para o governo norte-americano. “Acabou para os bolsonaristas”, disse o parlamentar.
Para ele, a ausência de menção a Bolsonaro na conversa mostra que, do ponto de vista de Trump, o assunto já não era mais uma prioridade. “É como se Trump pensasse: ‘Já fizemos de tudo’”, declarou Farias, apontando que a postura de Trump refletia uma resignação diante da situação.
O deputado também elogiou o tom da conversa entre Lula e Trump, considerando-a “maravilhosa” e destacando a mensagem positiva do ex-presidente dos EUA após o telefonema.
Em sua rede social, Trump escreveu: “Tive uma ótima conversa telefônica com o presidente Lula, do Brasil. Discutimos muitos assuntos, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre nossos dois países. Teremos novas discussões e nos encontraremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Gostei da conversa — nossos países se darão muito bem juntos!”.
Para o líder do PT, o tuíte de Trump reforçou a ideia de que as relações entre os dois países estão em um momento favorável, sem as tensões que marcaram o governo Bolsonaro.

Lindbergh também observou que a ausência de discussões sobre Bolsonaro durante a conversa foi um alívio para o governo brasileiro, já que muitos temiam que o ex-presidente fosse novamente um ponto de atrito nas relações internacionais.
“Eu acho que o Lula estava até preparado para explicar, mas nem precisou”, comentou, enfatizando a desconexão entre o governo de Bolsonaro e a atual gestão americana. O telefonema de 30 minutos entre Lula e Trump, que ocorreu na segunda-feira (6), também foi uma oportunidade para discutir a retomada das relações bilaterais, com ênfase em questões econômicas e comerciais.
Segundo Farias, a ausência de Bolsonaro nas discussões é um reflexo do desejo de ambos os países de seguir em frente, sem a bagagem negativa do passado recente. Para o deputado, a conversa foi um marco na superação das divisões políticas internas e na busca por um novo rumo para o Brasil no cenário internacional.
Além disso, o deputado comentou sobre a nova agenda de negociações entre os dois países. Lula e Trump devem agendar um encontro presencial para aprofundar as discussões e focar em acordos comerciais, com uma expectativa de que o Brasil e os Estados Unidos possam formar uma parceria mais sólida e proveitosa.
Lindbergh acredita que, sem a sombra das questões relacionadas a Bolsonaro, as perspectivas de uma colaboração mais estreita entre os dois países são cada vez mais reais.