Durante visita às obras integradas para a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, no Pará, o presidente Lula reafirmou que as intervenções realizadas para o evento não se limitam ao período da conferência e beneficiarão a população local a longo prazo.
Acompanhado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o presidente vistoriou o Parque da Cidade, que abrigará os principais eventos da COP30. Em sua fala, Lula enfatizou: “Cada centavo que nós colocamos aqui é do povo de Belém, e ninguém tira mais”.
O Parque da Cidade, considerado a maior intervenção urbana de Belém nos últimos 100 anos, ocupará 500 mil m² de uma área anteriormente utilizada como aeroporto. Este espaço será palco das Zonas Azul e Verde da COP30.
A Zona Azul será reservada às negociações oficiais e aos chefes de Estado, enquanto a Zona Verde será de acesso público, com foco em promover soluções ambientais, sociais e de governança (ESG). A COP30, que ocorrerá entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, trará, além de discussões sobre mudanças climáticas, grandes benefícios estruturais para a cidade.
Lula também destacou que as melhorias na infraestrutura urbana, como o tratamento de canais e a revitalização das ruas, terão um impacto duradouro na mobilidade e no turismo da cidade.
“Se a gente melhorar a qualidade de vida do povo de Belém, significa aumentar a possibilidade de vir mais turistas para o estado do Pará e para a cidade de Belém”, afirmou o presidente, que acredita que a COP30 ajudará a atrair mais visitantes ao Pará no futuro.
O Parque da Cidade e outras intervenções urbanísticas são parte de um esforço maior para transformar a cidade e deixá-la mais preparada para o futuro. Além das melhorias para a COP, o projeto paisagístico do Parque inclui a plantação de mais de 2.500 árvores e 190 mil plantas ornamentais, com tecnologias como o uso de energia solar fotovoltaica e captação de água da chuva.
O espaço também conta com infraestrutura de lazer, como cinema, teatro, biblioteca, quadras poliesportivas, ciclovia e um parque aquático infantil, beneficiando a população local. Lula também visitou as obras de macrodrenagem no Canal da União, parte do maior projeto de urbanização de Belém, que visa combater problemas históricos de alagamento na cidade.
O projeto, financiado pelo BNDES, está melhorando a qualidade de vida de mais de 500 mil moradores de bairros como Guamá, Terra Firme e Canudos. “A obra vai melhorar muito pra nós. Vai ter o tratamento da água, né? Só muita gratidão”, comemorou Zilda Costa, moradora do Bairro Marco.
Além disso, a cidade se prepara para legados importantes além da COP30. Com investimentos significativos, a infraestrutura de Belém será transformada, com novos projetos para a Avenida Tamandaré, o Mangueirão e a Rua da Marinha, além da revitalização do Hangar Centro de Convenções e do Terminal Hidroviário Internacional.
O BNDES financia essas obras, que visam modernizar a cidade e melhorar a mobilidade urbana. Outro marco importante para Belém é a inauguração do Museu das Amazônias, no Porto Futuro II.
O espaço, que visa promover a ciência e a tecnologia da região, conta com exposições como “Amazônia”, do fotógrafo Sebastião Salgado, e “Ajurí”, que celebra a diversidade biocultural da região. O projeto recebeu um apoio financeiro de R$ 10 milhões do BNDES e é considerado uma referência em práticas museológicas inovadoras e inclusivas.
O presidente também visitou o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, o primeiro do Brasil a focar em startups, industrialização de produtos florestais e cadeias produtivas sustentáveis. Este parque, voltado para a pesquisa e inovação, será um centro de negócios, fortalecendo as indústrias sustentáveis e promovendo a bioeconomia da região amazônica.