VÍDEO: PM desmantela central de adulteração de cervejas no litoral paulista

Atualizado em 7 de outubro de 2025 às 23:41
Montagem de fotos de três homens sentados e cabisbaixos e engradados de bebidas
Imagens de central clandestina de adulteração de cervejas e homens que foram presos – Divulgação/Polícia Militar

A Polícia Militar prendeu três homens em flagrante e descobriu uma central clandestina de adulteração de cervejas nesta terça-feira (7), em Itanhaém, no litoral de São Paulo. Com informações do g1.

O local funcionava em um galpão na Rua dos Jaras, nas proximidades do Rio Preto, e foi localizado por equipes da Força Tática do 29º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM/I). Segundo a corporação, a operação teve início após uma denúncia sobre falsificação de bebidas alcoólicas na região.

Ao entrarem no imóvel por volta das 15h40, os policiais encontraram os suspeitos manipulando garrafas e colando rótulos de marcas conhecidas em cervejas de baixo custo. As imagens gravadas pela equipe mostram centenas de garrafas enfileiradas, prontas para distribuição, e máquinas de prensagem usadas para colar os novos rótulos. A suspeita inicial é de que o grupo lucrava cerca de 400% em cada caixa adulterada.

De acordo com informações da TV Tribuna, os criminosos compravam cervejas de marcas pouco conhecidas por valores abaixo do mercado e substituíam os rótulos originais por outros de marcas mais caras e populares. O objetivo era revender as bebidas falsificadas em comércios da região e possivelmente em outras cidades do estado. Ao todo, 3,6 mil garrafas já estavam prontas para serem distribuídas quando o local foi descoberto.

Durante a ação, a Polícia Militar apreendeu cerca de 150 caixas de bebidas alcoólicas e duas máquinas de prensa usadas no processo de falsificação. Nenhum item ilícito adicional foi encontrado com os suspeitos, mas todo o material foi encaminhado para perícia. A corporação informou que as investigações vão continuar para identificar os possíveis compradores e a origem exata das cervejas utilizadas no esquema.

Ainda não há confirmação de que os suspeitos adulteravam o conteúdo das garrafas, e por isso não há relação direta com os casos de intoxicação por metanol investigados no estado. O metanol é uma substância altamente tóxica usada na indústria química, e sua ingestão pode causar cegueira, falência de órgãos e até morte. A hipótese de contaminação será analisada pelos peritos do Instituto de Criminalística.

Os três presos foram levados à delegacia de Itanhaém, onde o caso foi registrado como crime contra as relações de consumo e falsificação de produtos alimentícios. O delegado responsável vai avaliar se haverá indiciamento por associação criminosa e se outros envolvidos participaram da operação. As investigações seguem sob sigilo enquanto a Polícia Civil analisa o material apreendido e rastreia o destino das cervejas falsificadas.

Jessica Alexandrino
Jessica Alexandrino é jornalista e trabalha no DCM desde 2022. Sempre gostou muito de escrever e decidiu que profissão queria seguir antes mesmo de ingressar no Ensino Médio. Tem passagens por outros portais de notícias e emissoras de TV, mas nas horas vagas gosta de viajar, assistir novelas e jogar tênis.