
O congressista estadunidense Mario Diaz-Balart, membro do subcomitê de Defesa, afirmou nesta terça-feira (8) que Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, pode ser assassinado em operação similar à que matou o ex-general iraniano Qassem Soleimani. A declaração foi dada em entrevista ao jornal Republica USA, e insinua que Maduro teria três alternativas diante do cerco dos Estados Unidos no Caribe, que supostamente mira cartéis de drogas, incluindo o grupo Los Soles, apontado como liderado pelo presidente venezuelano.
“A terceira alternativa [para Maduro] acredito ser a de Soleimani”, disse Balart. “Soleimani era um membro do governo iraniano e das Forças Armadas, e também um terrorista, e estava desfilando impunemente pelo mundo. Até que o presidente Trump Chegou à Casa Branca e disse: ‘Chega, chega’. E eles tiveram de encontrar Soleimani em pedaços, certo?”.
O deputado referia-se ao ataque em 2020 no Iraque, quando um drone MQ-9 dos Estados Unidos atingiu o carro de Soleimani, que morreu no local.

Além da possibilidade de assassinato, Balart mencionou que Maduro poderia ser preso por militares estadunidenses, em paralelo ao que ocorreu com o ex-líder do Panamá, Manuel Noriega, em 1989. Noriega foi capturado por tropas dos Estados Unidos sob acusação de extorsão e tráfico de drogas, permanecendo preso até sua morte em 2017.
O parlamentar indicou que a pressão sobre Maduro se intensifica com a classificação de grupos como Los Soles como organizações terroristas por Washington, permitindo operações militares na região sob a justificativa de combate ao tráfico de drogas e ao terrorismo.
Desde o início de setembro, pelo menos quatro embarcações supostamente oriundas da Venezuela e transportando drogas foram atacadas pelo governo estadunidense nas águas do Caribe.
Embora Trump tenha declarado não ter intenção de derrubar o governo chavista, a estratégia de combate ao tráfico internacional de drogas aumenta o risco de intervenção militar direta na Venezuela, gerando temores sobre o futuro da estabilidade regional e a segurança do presidente Maduro.