Fracasso: Gaza sofre novos bombardeios horas após “plano de paz” de Trump, diz Defesa Civil

Atualizado em 9 de outubro de 2025 às 6:34
Grande nuvem de fumaça sobre a cidade de Gaza. Foto: AFP

A Defesa Civil de Gaza relatou, na madrugada desta quinta-feira (9), novos bombardeios israelenses sobre o território palestino após o anúncio de um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. As explosões foram registradas principalmente no norte da Faixa de Gaza, segundo autoridades locais.

“Desde o anúncio, nesta noite, de um acordo no âmbito de uma proposta de cessar-fogo, foram registradas várias explosões, especialmente no norte de Gaza”, declarou Mohamed Al Mughayyir, membro da Defesa Civil, ao mencionar “intensos bombardeios aéreos sobre a Cidade de Gaza”.

O relato ocorreu pouco depois da confirmação de que Israel e o Hamas haviam concordado com uma trégua mediada pelos governos do Catar e do Egito, com apoio direto dos Estados Unidos. O pacto foi anunciado pelo presidente americano Donald Trump na noite de quarta-feira (8), exatamente dois anos após o início da guerra na Faixa de Gaza.

O que prevê o acordo de cessar-fogo

Segundo Trump, o acordo representa a primeira fase de um plano de paz e prevê a libertação de cerca de 20 reféns que ainda estão em poder do Hamas, em troca da libertação de prisioneiros palestinos por Israel. O texto também inclui a retirada parcial das tropas israelenses do território e a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

O pacto foi confirmado por autoridades israelenses, representantes palestinos e diplomatas envolvidos nas negociações realizadas no balneário egípcio de Sharm El-Sheikh.

Após o anúncio do cessar-fogo, as Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram que iniciaram os preparativos operacionais para implementar o acordo. Em nota publicada na rede social X, o Exército israelense afirmou que está realizando “ajustes de posicionamento e revisões de protocolos de combate para a nova fase”.

Segundo o comunicado, o chefe do Estado-Maior ordenou que as tropas reforcem as defesas e mantenham “prontidão para qualquer cenário”. As movimentações devem ocorrer de forma gradual, acompanhando as etapas do acordo e garantindo a segurança dos soldados durante a retirada parcial.