
Por Moisés Mendes
Dá pra ouvir as gargalhadas. Tarcísio de Freitas, Ciro Nogueira e Valdemar Costa Neto comendo pastel e tomando Coca-Cola de dois litros no bico e rindo das reações à declaração de Ciro de que a família Bolsonaro está morta.
O dono do PP ajudou a matar, por alta rejeição, Bolsonaro, os filhos e Michelle em entrevista que deu essa semana sobre os cenários para 2026. Morreram por causa do sobrenome, diz Ciro Nogueira.
Ciro pode ser mais sincero do que Tarcísio e dizer o que diz. Assim como Valdemar já havia dito que o golpe tinha sido planejado e só não aconteceu por incompetência dos golpistas.
Os homens do PL e do PP vão fazendo o trabalho que outros, por recato, não fariam. Valdemar aponta o dedo para Bolsonaro como golpista fracassado e Ciro dá sequência às crueldades e avisa que todos da família, e não só Jair, devem ser descartados.
O sobrenome ficou maldito. É o que Ciro alerta. Não há direita antiga que salve os Bolsonaros. Valdemar e Ciro Nogueira avisam Globo, Folha, Estadão e os institutos de pesquisa para que parem de se agarrar a Bolsonaro para provocar Lula. Ele não respira mais.

Michelle foi contagiada. É o que Valdemar, Ciro e Tarcísio sabiam muito antes da última pesquisa Quaest. Ninguém do centrão quer saber de ninguém da família.
O índice de rejeição de Eduardo é de 68%. O de Michelle chegou a 61%. Bolsonaro tem 63%. Não há quem possa se candidatar a nada com tanta rejeição.
Valdemar, Ciro e Tarcísio dão gargalhadas, arrotam e borrifam Coca-Cola pelo nariz festejando uma situação irreversível. Os Bolsonaros estão definitivamente fora do jogo.
Até Valdemar sabe que hoje um candidato de direita não precisa ter o apoio declarado de Bolsonaro, como precisava até meses atrás. A bênção é apenas uma formalidade para acalmar a base raiz.
Mas Bolsonaro não quer Ciro de vice de Tarcísio. E Ciro retruca e avisa Bolsonaro que Michelle não emplaca. Que a direita não quer Michelle de vice, por causa do sobrenome.
Gilberto Kassab, que bebe quieto, uma hora terá de ser chamado para a facção da Coca-Cola, mesmo que fique tomando Pepsi na mesa do Caiado.