
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, entrou na lista de cotados para a vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, anunciada na quinta-feira (9). A escolha caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá encaminhar o nome ao Senado nas próximas semanas. Com informações de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo.
Além de Gonet, outros nomes circulam nos bastidores do governo e do Judiciário, como o advogado-geral da União, Jorge Messias, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, e o controlador-geral da União, Vinicius de Carvalho. Todos são vistos como opções viáveis para a vaga deixada por Barroso, que presidiu a Corte até o início de outubro.
Paulo Gonet ganhou força na disputa após ter sido indicado à recondução na Procuradoria-Geral da República (PGR), cargo em que conta com ampla aprovação do Senado. Segundo ministros do STF ouvidos pela imprensa, seu nome é visto como alternativa de consenso, caso Lula encontre dificuldades para aprovar outros candidatos.
O advogado-geral da União, Jorge Messias, é considerado o nome mais próximo de Lula e segue como favorito. O presidente tem priorizado aliados de confiança para o Supremo, como ocorreu nas indicações de Cristiano Zanin e Flávio Dino em 2023. Ambos foram escolhidos por relação direta com o petista, um como advogado e outro como ex-ministro da Justiça.

Já o senador Rodrigo Pacheco é o preferido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e de parte dos ministros do STF. Seu bom trânsito político é visto como trunfo pelo governo, que conta com ele para avançar em pautas econômicas e barrar propostas de risco fiscal no Congresso em 2026, ano em que Lula pode disputar a reeleição.
Bruno Dantas e Vinicius de Carvalho também são mencionados como opções técnicas. Dantas se aproximou do governo durante sua presidência no TCU, enquanto Carvalho mantém laços diretos com a Esplanada. A definição final deve ocorrer após uma nova rodada de consultas políticas entre o Planalto, ministros do STF e líderes do Senado.