Os 10 filmes mais importantes de Diane Keaton

Atualizado em 12 de outubro de 2025 às 14:47
Diane Keaton e Woody Allen em Annie Hall

Diane Keaton, que morreu neste sábado aos 79 anos, foi uma das atrizes mais marcantes do cinema moderno. Protagonizou alguns dos papéis mais lembrados da segunda metade do século XX e abriu caminho para gerações de mulheres no cinema. A seguir, uma lista com seus dez filmes mais importantes.

Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, 1977)

O papel de Annie Hall, escrito especialmente para Keaton por Woody Allen, definiu sua carreira. A personagem espirituosa e excêntrica transformou o estilo da atriz em referência — chapéus e gravatas viraram tendência. A canção Seems Like Old Times segue associada à sua interpretação, que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz.

Diane em Crimes do Coração

Crimes do Coração (Crimes of the Heart, 1986)

Keaton interpreta Lenny McGrath, a mais velha de três irmãs que se reencontram em sua casa no Mississippi depois que uma delas atira no marido violento. Ao lado de Jessica Lange e Sissy Spacek, Keaton entrega uma atuação contida e comovente, de uma mulher solitária que vive resignada com a própria frustração.

Diane Keaton in “The Godfather”Everett

O Poderoso Chefão – partes I e II (The Godfather I & II, 1972 e 1974)

Nos clássicos de Francis Ford Coppola, Keaton vive Kay Adams Corleone, esposa de Michael (Al Pacino). Sua personagem é uma das poucas figuras femininas plenamente desenvolvidas da trilogia. Em O Poderoso Chefão – Parte II, Kay confronta o marido e denuncia sua crueldade, num dos momentos mais intensos da série.

Diane em Looking for Mr. Goodbar, 1977

Procura Insaciável (Looking for Mr. Goodbar, 1977)

Neste drama sombrio, Keaton interpreta Theresa Dunn, professora solitária que busca amor em encontros perigosos. O filme marcou a estreia de Richard Gere no cinema e mostrou Keaton em um papel trágico e ousado, distante das comédias que a tornaram famosa.

Diane em Manhattan

Manhattan (1979)

Outro trabalho com Woody Allen, Manhattan mostra Keaton como Mary Wilkie, jornalista espirituosa e insegura, amante do protagonista vivido por Allen. Embora o filme seja hoje controverso, a atuação de Keaton é considerada uma das mais expressivas de sua trajetória.

Laços de Ternura 2 – A Volta de Aurora (Marvin’s Room, 1996)

Keaton foi indicada ao Oscar por sua interpretação de Bessie, mulher que cuida do pai doente até descobrir que tem leucemia. O reencontro com a irmã, vivida por Meryl Streep, dá origem a uma história de reconciliação e afeto, também com Robert De Niro e um jovem Leonardo DiCaprio no elenco.

A Era do Rádio (Radio Days, 1987)

Neste filme nostálgico de Woody Allen ambientado nos anos 1930 e 1940, Keaton faz uma breve, mas marcante, aparição como cantora em uma festa de Ano-Novo. Sua performance de You’d Be So Nice to Come Home To, de Cole Porter, mostra o carisma e a elegância que sempre a acompanharam.

Reds (Reds, 1981)

Dirigido e estrelado por Warren Beatty, o épico conta a história do jornalista John Reed e da Revolução Russa de 1917. Keaton vive Louise Bryant, repórter e ativista feminista que se envolve com Reed. O filme recebeu 12 indicações ao Oscar, incluindo melhor atriz para Keaton.

Diane em O Dorminhoco (Sleeper, 1973)

O Dorminhoco (Sleeper, 1973)

Na comédia futurista de Woody Allen, Keaton interpreta Luna Schlosser, uma poeta do século XXII. Ao lado de Allen, vive uma série de situações absurdas em um mundo dominado por tecnologia e autoritarismo. A leveza e o humor físico da atriz tornaram o filme um marco de sua primeira fase.

Diane em Alguém Tem Que Ceder (Something’s Gotta Give, 2003)

Alguém Tem Que Ceder (Something’s Gotta Give, 2003)

Keaton e Jack Nicholson protagonizam esta comédia romântica sobre um casal maduro que descobre o amor de forma inesperada. O sucesso do filme e a química entre os dois renderam a Keaton sua quarta indicação ao Oscar.

Esses dez títulos traçam o retrato de uma artista que atravessou décadas sem perder originalidade. Diane Keaton combinou inteligência, humor e vulnerabilidade como poucas atrizes, e deixou um legado que continuará inspirando o cinema.