Hamas conclui libertação de reféns israelenses enquanto Trump chega a Israel

Atualizado em 13 de outubro de 2025 às 6:36
Pessoas aguardam a libertação dos israelenses ainda detidos em Gaza na Praça dos Reféns, em Tel Aviv. Foto: Ahmad Gharabli/AFP

O Hamas libertou os últimos 20 reféns israelenses mantidos vivos na Faixa de Gaza, como parte do acordo de cessar-fogo negociado com mediação internacional. A informação foi confirmada pela Autoridade de Radiodifusão de Israel, que relatou que os 13 últimos libertados foram entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha e estão a caminho da custódia militar israelense.

O pacto prevê ainda a libertação de quase 2 mil palestinos detidos em prisões israelenses, medida aguardada com expectativa tanto em Gaza quanto na Cisjordânia ocupada.

A libertação dos reféns coincide com a chegada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Israel. Trump deve discursar no Knesset e participar, no Egito, de uma cúpula destinada a consolidar o acordo e discutir os próximos passos para uma trégua duradoura. Fontes diplomáticas afirmam que a coordenação entre os anúncios e a visita do presidente americano não é acidental.

Enquanto isso, milhares de palestinos tentam retornar ao norte de Gaza, em meio aos escombros de suas casas destruídas, enquanto a ajuda humanitária começa a chegar de forma limitada à região.

 A irmã de Muhammad Imran, Ibtisam, e seu irmão Raed chorando enquanto aguardam notícias.
Reencontro de familiares após libertação de reféns israelenses. Foto: Mosab Shawer / Al Jazeera

Desde o início da ofensiva israelense, em outubro de 2023, pelo menos 67.806 pessoas morreram em Gaza e outras 170.066 ficaram feridas, segundo autoridades locais. Em Israel, os ataques de 7 de outubro de 2023 deixaram 1.139 mortos e cerca de 200 pessoas foram sequestradas.

Ainda permanecem em Gaza os corpos de 28 reféns israelenses. Não está claro quantos deles serão recuperados neste domingo. Fontes militares israelenses e mediadores internacionais admitem que a operação de resgate dos corpos pode levar tempo, devido à destruição generalizada no território e à presença contínua de tropas israelenses em cerca de 53% da Faixa. Especialistas externos poderão ser acionados para auxiliar na localização e identificação dos corpos.