
Um áudio vazado da jornalista Mônica Waldvogel, apresentadora do “Em Ponto”, expôs uma crítica ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na GloboNews. Por volta das 7h35 desta terça-feira (13), o noticiário mostrava o discurso do premiê diretamente de Jerusalém. Ele falava sobre a libertação dos reféns pelo Hamas e o futuro da Faixa de Gaza. Em determinado momento, o áudio de Mônica vazou.
“Nossa Senhora… espero que o Diabo lhe…”, disse ela, que logo foi cortada. Apesar do momento de falha técnica, a transmissão continuou sem intervenções. De volta ao estúdio do Em Ponto, ninguém comentou a fala vazada ou assumiu a autoria dela.
Microfone vaza e jornalista da GloboNews xinga Netanyahu: “Espero que o diabo…”
O comentário vazado teria sido feito pela jornalista Mônica Waldvogel. pic.twitter.com/PLqa3gXDgg
— FEPAL – Federação Árabe Palestina do Brasil (@FepalB) October 13, 2025
Netanyahu fez duras críticas à Organização das Nações Unidas (ONU) e exaltou a atuação de Donald Trump, presidente dos EUA, durante seu discurso no Parlamento israelense (Knesset), ao lado do republicano. O evento marcou a celebração do cessar-fogo entre Israel e o Hamas e a libertação dos últimos reféns israelenses vivos na Faixa de Gaza.
Durante a fala, o líder sionista acusou a ONU de propagar “mentiras sobre Israel” e elogiou Trump por defender o país nas instâncias internacionais. “Trump usou a própria voz contra as mentiras sobre Israel nas Nações Unidas”, afirmou o primeiro-ministro, que foi aplaudido por parlamentares e autoridades presentes.
Horas depois de o Hamas libertar os 20 reféns israelenses, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou no Parlamento do país, em Jerusalém, ao lado do presidente americano, Donald Trump. Netanyahu agradeceu Trump por liderar as negociações e disse que ele é “o… pic.twitter.com/ROxgpoeTkL
— GloboNews (@GloboNews) October 13, 2025
Netanyahu abriu seu discurso agradecendo ao republicano pela mediação do acordo que pôs fim à guerra em Gaza. “Quando fomos informados hoje, uma hora atrás, que todos os nossos reféns vivos haviam retornado para nós, que felicidade”, declarou.
O premiê destacou o compromisso de Trump com a estabilidade da região. “Nenhum presidente americano fez mais por Israel e, como eu disse em Washington, nem de perto, nem chega perto do que os outros fizeram”, afirmou.
Netanyahu ainda disse que Trump será lembrado na história de Israel e da humanidade. “Senhor presidente, o senhor está comprometido com essa paz, eu estou comprometido com essa paz, e juntos”, reforçou. “Donald Trump é o melhor amigo que Israel já teve na Casa Branca”, completou.
Trump interrompido
O discurso de Trump, no Parlamento israelense, em Jerusalém, foi interrompido por dois deputados que pediram o reconhecimento do Estado da Palestina. Ofer Cassif e Ayman Odeh, ambos integrantes da Knesset, foram retirados à força por seguranças após exibirem cartazes com as palavras “Genocida” e “Reconheçam a Palestina”.
Odeh, que lidera a Lista Árabe Unida, ergueu o cartaz no momento em que Trump celebrava o que chamou de “um novo amanhecer histórico para o Oriente Médio”. Enquanto era levado para fora, gritos e vaias tomaram o plenário. Minutos depois, em uma publicação na rede X, o parlamentar afirmou: “Fui expulso apenas por levantar o pedido mais simples, um pedido com o qual toda a comunidade internacional concorda: reconhecer o Estado palestino. Reconhecer uma realidade simples: há dois povos aqui, e nenhum deles vai desaparecer.”
Ofer Cassif, também expulso, publicou mensagem semelhante. “Não viemos para perturbar, mas para exigir justiça. A verdadeira paz — que salvará os dois povos desta terra — só virá com o fim da ocupação e do apartheid e com a criação de um Estado palestino ao lado de Israel. Recusem ser ocupantes. Resistam ao governo do derramamento de sangue”, escreveu.