Lula diz ter “muita química” com Leão XIV e vê nele ideias da Teologia da Libertação

Atualizado em 13 de outubro de 2025 às 20:28
Lula durante encontro com o Papa Leão XIV no Vaticano – Foto: Ricardo Stuckert/PR

Nesta segunda-feira (13), durante uma coletiva de imprensa na Itália, o presidente Lula (PT) comentou sobre o encontro que teve com o Papa Leão XIV, no Vaticano. O mandatário destacou a afinidade de ideias com o líder da Igreja Católica e disse que a conversa foi marcada por temas ligados à Teologia da Libertação e à defesa das causas sociais.

O presidente afirmou que houve grande empatia entre os dois durante a reunião. “Eu posso te dizer que houve muita química na minha relação com o Papa”, declarou Lula. Segundo ele, o diálogo teve um tom pessoal e próximo. “Parecia que eu estava conversando com gente que participou da Teologia da Libertação comigo”.

Lula contou que se preparou para o encontro lendo previamente um documento publicado pelo Vaticano. “Eu tinha lido o documento do Papa, antes de conversar com o Papa. Então parecia que eu estava conversando com alguém que eu já conhecia há 20 anos, 30 anos atrás”, disse.

De acordo com o presidente, a conversa abordou questões como desigualdade social, fome e pobreza, temas que, segundo ele, também estão no centro das preocupações do Papa. Lula ressaltou que as ideias de Leão XIV lembram as dos movimentos cristãos progressistas da América Latina.

O petista ainda comparou o tom do diálogo com encontros que teve com figuras religiosas ligadas à Teologia da Libertação. “Dava impressão que eu tava conversando com Leonardo Boff, com o Frei Betto, com Dom Evaristo Arns, com Dom Pedro Casaldáliga, de tanta afinidade que havia entre o propósito do Papa e o propósito da luta contra a fome e a pobreza no mundo”.

O presidente encerrou dizendo que o encontro reforçou a importância da cooperação entre líderes políticos e religiosos na busca por um mundo mais justo e solidário. Ele afirmou que pretende manter o diálogo com o Vaticano sobre ações humanitárias e combate à desigualdade.