
O governo Lula (PT) exonerou mais de 370 indicados políticos ligados a partidos do Centrão após a base aliada no Congresso deixar caducar a Medida Provisória 1303/2025, que previa a taxação de bets, bilionários e bancos. Com informações do UOL.
A decisão do presidente petista ocorre menos de uma semana depois de o PP, o União Brasil, o MDB, o PSD e o Republicanos se alinharem à Faria Lima e articularem contra o texto.
A ofensiva para barrar a MP foi liderada por Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ciro Nogueira (PP-PI). A medida era vista pelo governo como essencial para equilibrar as contas públicas e evitar uma “bomba fiscal” em 2026 — ano eleitoral.
As exonerações começaram na sexta-feira (10) e atingiram especialmente indicações políticas em ministérios e autarquias do segundo escalão. Segundo o Planalto, o corte faz parte de um pente-fino para reavaliar o espaço concedido a partidos que, apesar de integrarem o governo, votaram com a oposição.
União Brasil é o partido mais atingido
O União Brasil, presidido por Antonio Rueda, foi o mais afetado, com 119 exonerações. Entre elas:
- Planalto: 10
- Advocacia-Geral da União (AGU): 9
- Ministério da Integração Regional: 18
- Ministério dos Transportes: 6
- Ministério dos Povos Indígenas: 6
- Outros órgãos federais completam a lista.
A Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco) ainda não foi afetada. O órgão é comandado por indicados do senador Davi Alcolumbre (União-AP), aliado próximo do governo.

MDB perde mais de 100 cargos
O MDB, comandado por Baleia Rossi e Michel Temer, teve 112 indicações demitidas, sendo:
- Presidência da República: 6
- Ministério dos Transportes: 15
- Ministério da Saúde: 11
- Ministério da Gestão e Inovação: 8
- Ministério de Minas e Energia: 7.
O ministro Renan Filho (MDB-AL), dos Transportes, foi o mais afetado dentro da legenda.
PSD, PP e Republicanos também são atingidos
O PSD, de Gilberto Kassab, perdeu 63 cargos:
- Ministério da Agricultura (Carlos Fávaro): 17
- Ministério da Pesca (André de Paula): 17
- Ministério da Saúde: 5
- Integração Regional: 5
- Povos Indígenas: 4.
O PP, de Ciro Nogueira, teve 48 exonerações, entre elas:
- Ministério dos Esportes (André Fufuca): 7
- AGU: 6
- Ministério da Saúde: 5
- Integração: 5
- Gestão e Inovação: 4.
Já o Republicanos, ligado à Igreja Universal, comandado por Marcos Pereira e que abriga o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, perdeu 20 cargos, sendo:
- Ministério de Portos e Aeroportos (Silvio Costa Filho): 3
- Integração Regional: 5
- Povos Indígenas: 4
- Transportes: 4
- Agricultura: 3.
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