Fogo no parquinho: Eduardo Bolsonaro perde a linha e rebate ataques de Ciro Nogueira

Atualizado em 14 de outubro de 2025 às 11:41
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI). Foto: Reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) respondeu nesta terça-feira (14) aos ataques feitos pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), que o responsabilizou por causar um “prejuízo gigantesco” ao projeto político da extrema-direita após sua articulação com o governo de Donald Trump nos Estados Unidos.

Em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, Ciro Nogueira afirmou que a atuação de Eduardo nos EUA teria fortalecido politicamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o republicano impor tarifas sobre produtos brasileiros.

“Isso nos prejudicou, criou uma narrativa falsa do presidente Lula em defesa da soberania. Ele se aproveitou de forma muito ostensiva disso e nos prejudicou eleitoralmente”, disse o senador.

Pelas redes sociais, o “Bananinha” respondeu às críticas: “Prezado Ciro Nogueira, o prejuízo foi gigantesco para o seu plano pessoal, não se pode confundir o seu interesse com o do Brasil. Compreendo seu sentimento, pois também foi um grande prejuízo para mim, mas a diferença é que estou disposto a sacrificar meus interesses pessoais pelo Brasil”.

Declarações de Ciro Nogueira

Ciro classificou a postura do deputado como um erro diplomático e afirmou que já se manifestou a interlocutores do governo americano. “O Trump deveria ter dito quem era o responsável real por essa situação, que era o presidente Lula, por ter atacado o dólar, pela questão do Brics”, declarou.

Segundo ele, o episódio acabou oferecendo a Lula uma oportunidade de se apresentar como líder de uma pauta nacionalista: “O Lula ficou numa alegria muito grande com esse conflito para retomar sua popularidade. Espero que agora ele tenha responsabilidade e faça essa negociação como todos os países do mundo fizeram”.

As críticas ocorrem em meio à movimentação de líderes da direita para definir nomes para a eleição de 2026. Enquanto Ciro Nogueira articula apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como possível sucessor do bolsonarismo, Eduardo insiste na ideia de disputar o Palácio do Planalto, mesmo sem o apoio direto do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.