O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou publicamente a capa mais recente da revista Time, divulgada nesta terça-feira (14). Em sua conta no Truth Social, o republicano reclamou da foto escolhida para ilustrar a edição, que traz manchetes como “O triunfo dele”, “O líder de que Israel precisava” e “Como Gaza se cura”.
Segundo Trump, a imagem o retrata de maneira desfavorável. “A revista Time escreveu um texto relativamente bom sobre mim, mas a foto pode ser a pior de todos os tempos”, afirmou.
Ele ironizou o estilo da montagem: “Eles ‘desapareceram’ com o meu cabelo e colocaram algo flutuando no topo da minha cabeça que parece uma coroa flutuante, mas extremamente pequena”. Trump também demonstrou incômodo com o enquadramento.
“Muito estranho! Eu nunca gostei de tirar fotos de baixo, mas esta é uma foto super-ruim e merece ser criticada. O que eles estão fazendo, e por quê?”, questionou.
A edição da revista, datada de 10 de novembro, destaca o recente cessar-fogo firmado entre Israel e o grupo Hamas, que pôs fim a dois anos de combates na Faixa de Gaza. O acordo, mediado com forte influência do governo Trump, permitiu a libertação dos últimos reféns israelenses mantidos pela facção.
A devolução dos sequestrados, capturados durante os atentados de 7 de outubro de 2023, ocorreu na segunda-feira (13). Junto deles, Israel recebeu também os corpos de quatro reféns mortos. De acordo com fontes locais, ainda restam 24 corpos em poder do Hamas, o que mantém parte da tensão entre as partes envolvidas.
Em contrapartida, Israel libertou 1.968 palestinos detidos em suas prisões, além de entregar uma primeira leva de corpos de palestinos mortos em confrontos. O número exato de restos mortais devolvidos não foi divulgado. As informações foram confirmadas por autoridades de saúde locais à agência Reuters.
A trégua é considerada o principal triunfo diplomático de Trump neste segundo mandato. O cessar-fogo foi oficializado pelo republicano na segunda-feira (13), após início das negociações na sexta (10). O movimento consolidou a imagem de Washington como mediador central no conflito.
Antes de viajar ao Egito para encontros com líderes regionais, Trump passou por Israel, onde foi recebido com aplausos no Parlamento. O discurso foi o primeiro de um presidente estadunidense no Legislativo israelense desde George W. Bush, em 2008.
“Gerações no futuro lembrarão deste momento como aquele em que tudo começou a mudar”, declarou Trump aos parlamentares israelenses, em tom de celebração.