Trump diz que Maduro “ofereceu tudo” para evitar confronto com os EUA

Atualizado em 17 de outubro de 2025 às 18:44
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – Brazil Photo Press / Folhapress

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (17) que o líder venezuelano, Nicolás Maduro, “ofereceu tudo” durante tentativas de negociação com Washington. A declaração foi dada na Casa Branca, durante um encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em meio à escalada de tensões entre os dois países.

Trump foi questionado por jornalistas sobre informações de que Maduro teria colocado à mesa os recursos naturais da Venezuela, como petróleo e minerais, em busca de um acordo com os EUA. “Ele ofereceu tudo, é verdade. Sabe por quê? Porque ele não quer arrumar confusão com os Estados Unidos”, disse o republicano.

Segundo o New York Times, o governo venezuelano tentou oferecer acesso a petróleo e mineração para obter alívio diplomático. A Casa Branca teria rejeitado a proposta. Na quarta-feira (15), Trump revelou ter autorizado operações secretas da CIA em território venezuelano, afirmando ainda que avalia ações terrestres contra cartéis no país.

O “Miami Herald” publicou que a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, apresentou dois planos de transição de governo aos Estados Unidos, ambos rejeitados pela Casa Branca. As propostas teriam sido discutidas entre abril e setembro, antes do envio de navios e aviões militares norte-americanos ao mar do Caribe.

Delcy Rodríguez, porém, negou categoricamente a informação e chamou a acusação de “fake”, afirmando que se trata de uma “guerra psicológica contra o povo venezuelano”. Em publicação nas redes sociais, ela acusou o jornal de falta de ética.

Em resposta ao avanço militar norte-americano, o governo venezuelano convocou civis para o alistamento e anunciou o posicionamento de tropas diante da aproximação das forças dos EUA. Nas últimas semanas, ações americanas no Caribe resultaram na destruição de embarcações e na morte de ao menos 27 pessoas, ampliando a tensão entre Washington e Caracas.