
O empresário Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master, é um dos principais investidores da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Atlético-MG. Ele detém 26,9% da Galo Holding S.A., que controla 75% da SAF atleticana, e teve papel decisivo no fortalecimento financeiro da nova estrutura administrativa do clube. A entrada de Vorcaro ocorreu por meio do Galo Forte FIP, fundo de investimento regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e administrado pela Trustee DTVM, responsável por intermediar os aportes.
A primeira aplicação foi feita em 2023, no valor de R$ 100 milhões, quando a SAF foi oficialmente constituída. No ano seguinte, o empresário investiu mais R$ 200 milhões, elevando o total para R$ 300 milhões e consolidando sua posição como segundo maior investidor do grupo, atrás apenas dos irmãos Rubens e Rafael Menin, que somam 55,7% da Galo Holding. O banco BMG, de Ricardo Guimarães, possui 6,3%, enquanto o FIGA Investimentos detém 6,7%. Com esse aporte, Vorcaro passou a integrar o conselho consultivo do futebol, participando ativamente das decisões estratégicas da SAF.
Nos últimos dias, o nome de Daniel Vorcaro foi citado em reportagens sobre uma investigação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) que apura a origem de recursos aplicados em fundos de investimento. O time nega qualquer irregularidade, e tanto o Atlético-MG quanto a Trustee DTVM reforçaram que os aportes na SAF ocorreram de forma legal e transparente. Segundo o clube, o Galo Forte FIP é “um veículo de investimento constituído de forma legal e auditado regularmente”, com registro ativo e regular junto à CVM.
Em nota, o Atlético afirmou que não há qualquer irregularidade ou investigação que envolva diretamente o fundo ou seus cotistas. “O Atlético não tem conhecimento de irregularidades e o fundo é devidamente constituído e fiscalizado”, declarou a direção. A CVM também confirmou que o Galo Forte FIP está ativo e em situação regular, sem pendências.
A direção atleticana reiterou que todas as operações seguiram as exigências legais e que os investimentos foram fundamentais para fortalecer a estrutura financeira e de governança do futebol alvinegro. “O Atlético-MG e a CVM já confirmaram que não há irregularidades nos aportes. O fundo é regular, auditado e registrado”, reforçou o clube, que mantém diálogo permanente com as autoridades e órgãos reguladores.