
A operação da Polícia Federal (PF) sobre o pastor Silas Malafaia autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), avança, e completará dois meses nesta segunda-feira. Durante a ação, foram apreendidos o celular, documentos e o passaporte do religioso. Com informações de Andreza Matais, no Metrópoles.
Malafaia é suspeito de integrar o grupo que articulou ataques ao STF e negociações para que os Estados Unidos praticassem atos hostis contra o Brasil. Ele também foi proibido de ter contato com Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo, ambos investigados no mesmo inquérito.
O inquérito, que apura coação contra a Corte, identificou que o pastor participou da criação, produção e disseminação de ataques a ministros do STF. Segundo a PF, as ações foram coordenadas, de forma intensa, e direcionadas ao público sob sua influência.
Alexandre de Moraes, ao autorizar as investigações, destacou que os diálogos mostram Malafaia com papel de liderança nas ações do grupo investigado. O objetivo das ações seria coagir ministros e autoridades brasileiras, incluindo tentativas de obstrução da Justiça.
O celular do pastor já passou por perícia, mas até o momento não há informações detalhadas sobre os resultados. A PF segue apurando as condutas e o alcance das articulações do líder religioso.
Silas Malafaia nega qualquer envolvimento nas ações e acusa Moraes de perseguição religiosa. Apesar das acusações, ele mantém sua atuação como pastor da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e figura como aliado político do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A investigação é parte de um inquérito mais amplo que apura coação contra o STF e envolve outras lideranças políticas e religiosas. O trabalho da PF busca esclarecer o papel de cada participante e coletar provas sobre a tentativa de influência externa e interna contra o país.
As apurações continuam e não há previsão de conclusão. A operação tem repercussão nacional por envolver um líder religioso de grande influência e aliados de políticos de destaque, aumentando a atenção da sociedade e da imprensa sobre o caso.
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