Trump autoriza “operações secretas” da CIA para derrubar Maduro na Venezuela

Atualizado em 22 de outubro de 2025 às 15:05
Os presidentes Donald Trump e Nicolás Maduro. Foto: Divulgação

O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, está intensificando suas ações militares e secretas na costa da Venezuela, com o objetivo de derrubar o regime de Nicolás Maduro, segundo uma reportagem do ‘The Washington Post’ publicada nesta quarta-feira (22).

Fontes do governo dos EUA confirmaram que o presidente autorizou operações secretas da CIA, visando ações agressivas contra o governo venezuelano, o que poderia resultar na queda de Maduro, embora o documento não especifique diretamente essa intenção.

De acordo com o relatório, Trump instruiu a CIA a conduzir uma série de operações secretas, que podem envolver medidas escalonadas para desestabilizar o governo venezuelano. Embora o governo norte-americano não tenha ordenado explicitamente a remoção de Maduro, fontes indicam que as ações planejadas podem ter esse efeito, com o objetivo final de enfraquecer o regime.

A escalada seria parte de uma ofensiva maior, promovida pelo governo dos EUA, no mar do Caribe, sob o pretexto de combater traficantes de drogas que abastecem os Estados Unidos.

Essas operações no Caribe, incluindo uma frota composta por navios de guerra e caças, já resultaram no ataque a sete embarcações, que, segundo Washington, estavam transportando drogas destinadas aos EUA. As ofensivas resultaram em 32 mortes, enquanto o governo venezuelano acusa os Estados Unidos de uma tentativa de invasão para derrubar seu governo.

Além disso, fontes indicam que o governo Trump agora planeja lançar ataques terrestres, com foco em acampamentos de traficantes e pistas de pouso clandestinas, afastando a ideia de uma tentativa imediata de derrubar o governo de Maduro, mas preparando o terreno para uma ofensiva mais ampla.

Sede da CIA. Foto: Divulgação

No entanto, a estratégia gradual das operações militares levanta suspeitas sobre uma possível intenção maior: a destituição de Nicolás Maduro. Fontes sugerem que a pressão constante sobre a Venezuela, aliada a uma “guerra psicológica”, tem como objetivo desestabilizar as tropas venezuelanas e direcionar os militares para a costa, enfraquecendo sua capacidade de resistência.

O jornal sugere que, ao empregar táticas como essa, Trump estaria “batendo os tambores” na esperança de uma guerra prolongada que poderia resultar na queda do regime de Maduro.

Outro ponto levantado pela reportagem é o fato de que, embora as operações dos EUA no Caribe sejam apresentadas como parte da luta contra o tráfico de drogas, a maior parte das drogas que chegam aos EUA não vêm dessa região, mas da costa do Pacífico ou do México.

Isso sugere que a verdadeira motivação por trás da ofensiva poderia ser a desestabilização política da Venezuela, camuflada sob a luta contra o narcotráfico.

Esse desenvolvimento pode aumentar ainda mais as tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela, cujos laços já estão deteriorados há anos, com o governo venezuelano acusando Washington de tentar desestabilizar seu regime.

Guilherme Arandas
Guilherme Arandas, 27 anos, atua como redator no DCM desde 2023. É bacharel em Jornalismo e está cursando pós-graduação em Jornalismo Contemporâneo e Digital. Grande entusiasta de cultura pop, tem uma gata chamada Lilly e frequentemente está estressado pelo Corinthians.