
Os Estados Unidos bombardearam mais uma embarcação no Oceano Pacífico nesta quarta-feira (22), segundo o Departamento de Guerra. De acordo com o governo norte-americano, o barco transportava drogas e três pessoas morreram na operação.
Este foi o segundo bombardeio em menos de 48 horas. Na última terça-feira (21), militares americanos atacaram outro barco, próximo à Colômbia, em águas internacionais, deixando duas vítimas fatais, segundo a imprensa dos EUA.
Em publicação nas redes sociais, o secretário de Guerra, Pete Hegseth, afirmou que a operação foi autorizada pelo presidente Donald Trump.
“Nossa inteligência sabia que a embarcação estava envolvida em contrabando ilícito de narcóticos, que estava transitando por uma rota conhecida de narcotráfico e que transportava narcóticos”, escreveu. “Três narcoterroristas do sexo masculino estavam a bordo da embarcação durante o ataque, que foi conduzido em águas internacionais.”
Today, at the direction of President Trump, the Department of War carried out yet another lethal kinetic strike on a vessel operated by a Designated Terrorist Organization (DTO). Yet again, the now-deceased terrorists were engaged in narco-trafficking in the Eastern Pacific.
The… pic.twitter.com/PEaKmakivD
— Secretary of War Pete Hegseth (@SecWar) October 23, 2025
Trump defende ataques e promete novas ações
Questionado sobre a legalidade das ações, Trump afirmou que os EUA têm autoridade para realizar os ataques e justificou as medidas com base no combate ao narcotráfico. O republicano disse que 300 mil pessoas morreram nos EUA por problemas relacionados às drogas.
Trump acrescentou que os bombardeios devem forçar os traficantes a agir por terra — e prometeu autorizar operações terrestres com aval do Congresso.
“Nós vamos atingi-los muito forte quando eles vierem por terra. E provavelmente iremos ao Congresso e explicaremos exatamente o que estamos fazendo, quando chegarmos por terra.”
Escalada militar no Caribe
Os ataques ocorrem em meio ao reforço militar dos EUA na região do Caribe, que agora conta com destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6,5 mil militares. Desde setembro, embarcações na região do Caribe e no Atlântico têm sido alvos de operações americanas.
Com o ataque de terça-feira, o número de pessoas apontadas como narcotraficantes mortas em bombardeios americanos chegou a 27. Com a nova ofensiva desta quarta, o total subiu para 30.