
O bilionário norte-americano Timothy Mellon, herdeiro de uma das famílias mais ricas dos Estados Unidos, foi identificado como o doador anônimo que destinou US$ 130 milhões (cerca de R$ 700 milhões) ao governo para ajudar no pagamento de militares durante a paralisação das atividades federais.
Mellon, conhecido por ser um empresário recluso e importante financiador político de Donald Trump, manteve o sigilo sobre o gesto até que fontes próximas ao governo confirmaram sua identidade à imprensa.
Na noite de quinta-feira, Trump anunciou a doação, mas se recusou a citar o nome do benfeitor, chamando-o apenas de “patriota” e “amigo”. Ao embarcar na sexta-feira rumo à Malásia, o ex-presidente voltou a elogiar o gesto, dizendo que o doador era “um grande cidadão americano” e “um homem de grande importância”, sem revelar sua identidade.

“Ele não quer publicidade. Prefere que seu nome não seja mencionado — o que é raro, especialmente na política, onde todos buscam visibilidade”, afirmou Trump a jornalistas a bordo do Air Force One.
Ainda não está claro quanto da folha de pagamento das Forças Armadas dos EUA, que somam cerca de 1,3 milhão de militares ativos, poderá ser coberto com a quantia. O orçamento militar de 2025, segundo o Escritório de Orçamento do Congresso, prevê aproximadamente US$ 600 bilhões para salários e benefícios — o que significa que a doação equivale a cerca de US$ 100 por militar.
Timothy Mellon é neto de Andrew W. Mellon, ex-secretário do Tesouro norte-americano e um dos homens mais poderosos da primeira metade do século XX. Apesar de herdeiro de uma das fortunas mais tradicionais do país, ele manteve por décadas uma postura discreta e só se tornou um doador expressivo do Partido Republicano após a eleição de Trump.