
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) deve repetir a parceria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026, compondo novamente a chapa presidencial. A informação foi apurada pelo UOL junto a integrantes da cúpula do governo federal, que consideram alta a probabilidade de manutenção da aliança entre PT e PSB. Uma confirmação oficial, no entanto, deve ocorrer apenas no próximo ano.
Durante viagem à Indonésia, Lula confirmou pela primeira vez que disputará um novo mandato, afirmando estar “preparado para disputar outras eleições”. O presidente disse que completará 80 anos, mas se sente “com a mesma energia de quando tinha 30”, e ressaltou que a decisão final dependerá de sua condição de saúde.
A confirmação representa uma mudança de postura em relação a declarações anteriores. Em 2022, antes de vencer as eleições, Lula afirmava que aquele seria seu último pleito e que não pretendia buscar um quarto mandato. Segundo o petista, o objetivo à época era “governar por quatro anos e deixar o país tinindo”.
O cenário político é favorável ao presidente. Pesquisas recentes da AtlasIntel e da Quaest mostram Lula com índices positivos e liderança em todos os cenários eleitorais para 2026, superando nomes da direita e mantendo vantagem mesmo sobre Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível. A recuperação da imagem do governo e a estabilidade na aliança com o PSB fortaleceram a possibilidade de Alckmin permanecer como vice.

Ex-governador de São Paulo, Alckmin foi adversário de Lula nas eleições de 2006, mas se aproximou politicamente do petista em 2022, quando aceitou compor a chapa presidencial. A parceria, que uniu antigos rivais, foi decisiva para ampliar o apoio ao projeto de centro-esquerda e vencer nas urnas.
Aliados próximos afirmam que a relação entre Lula e Alckmin é hoje de plena confiança. O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), declarou recentemente que o vice “não tem concorrência” para permanecer na chapa da reeleição. A aliança entre PT e PSB, que equilibra diálogo político e estabilidade institucional, tende a ser mantida em 2026.