
A polícia francesa prendeu dois suspeitos de envolvimento no roubo das joias da coroa do Museu do Louvre, em Paris. A operação ocorreu na noite de sábado (25), poucos dias após o crime que chocou o país e mobilizou as forças de segurança. Segundo as autoridades, os homens são naturais de Seine-Saint-Denis, na periferia da capital, e têm cerca de 30 anos, com antecedentes criminais por arrombamento.
Um dos suspeitos foi detido no aeroporto Charles de Gaulle, enquanto tentava embarcar para a Argélia. O outro, segundo a revista Paris Match, foi interceptado ao tentar fugir para o Mali. Nenhum deles portava as joias no momento da prisão, e as peças ainda não foram localizadas, de acordo com a polícia.
O caso é investigado pela Brigada de Repressão ao Banditismo (BRB) e pelo Escritório Central de Luta contra o Tráfico de Bens Culturais (OCBC). Os suspeitos foram levados para a sede da Direção da Polícia Judicial, no 17º distrito de Paris. Fontes próximas à investigação revelaram que funcionários do museu podem estar envolvidos no crime, o que ampliou o alcance da apuração.
O ministro do Interior, Laurent Nuñez, elogiou o trabalho dos investigadores em uma postagem na rede X (antigo Twitter), mas pediu que a busca continue em sigilo. Segundo ele, o inquérito segue “com a mesma determinação” para recuperar as peças avaliadas em € 88 milhões (cerca de R$ 550 milhões).

A procuradora Laure Beccuau, responsável pelo caso, informou que a perícia encontrou cerca de 150 vestígios de DNA e impressões digitais no local do crime. O roubo, realizado no último domingo (19), durou apenas oito minutos. Quatro homens invadiram o museu com uma camionete equipada com plataforma de elevação, quebraram vitrines e levaram nove joias — uma delas, a coroa da imperatriz Eugênia, caiu durante a fuga.
Os ladrões escaparam em duas scooters, deixando poucas pistas além dos fragmentos genéticos coletados. O episódio, considerado um dos maiores roubos de arte da Europa na última década, levantou questionamentos sobre a segurança de museus e instituições culturais na França, especialmente em locais de alta visitação como o Louvre.