Dois aviões da Marinha dos Estados Unidos caíram no último domingo (26) durante operações rotineiras no Mar do Sul da China. De acordo com a Fox News, todos os cinco tripulantes foram resgatados com vida e permanecem em condição estável. A Marinha estadunidense confirmou que as causas dos acidentes estão sob investigação.
Segundo o Comando da Frota do Pacífico, o primeiro acidente aconteceu por volta das 14h54, no horário local, quando um helicóptero MH-60R Sea Hawk, do esquadrão “Battle Cats”, caiu no mar durante operações a partir do porta-aviões USS Nimitz (CVN 68). Equipes do Carrier Strike Group 11, grupo que acompanha o Nimitz, realizaram o resgate imediato dos três tripulantes.
Cerca de 30 minutos depois, um caça F/A-18F Super Hornet, do esquadrão “Fighting Redcocks”, também do Nimitz, sofreu outro acidente durante um voo de rotina na mesma região. Os dois pilotos conseguiram ejetar antes da queda e foram resgatados em segurança.
A Marinha ainda não divulgou detalhes sobre as causas das quedas. Em nota, informou que “todo o pessoal envolvido está seguro e em condição estável” e que “as causas de ambos os incidentes estão atualmente sob investigação”. Não foram fornecidas informações sobre as condições climáticas no momento das operações nem sobre possíveis falhas mecânicas.
Os dois acidentes ocorreram enquanto o presidente Donald Trump realiza uma viagem diplomática pela Ásia, que começou na Malásia no mesmo domingo (26).
O itinerário inclui uma visita à China, onde Trump deverá se reunir com o presidente Xi Jinping para discutir tarifas comerciais e segurança regional. A escalada de tensões entre Washington e Pequim tem colocado o Mar do Sul da China — uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo, no centro da disputa geopolítica.
Segundo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, os Estados Unidos podem reconsiderar o plano de impor tarifas de 100% sobre produtos chineses após as conversas preliminares realizadas por Trump em Kuala Lumpur. “Estamos buscando reduzir as tensões comerciais e abrir espaço para negociações mais amplas”, disse Bessent a jornalistas.
Os acidentes deste domingo somam-se a uma série de perdas recentes da aviação naval dos Estados Unidos. Nos últimos 12 meses, quatro caças F/A-18 Super Hornet foram perdidos em diferentes operações. Um deles foi atingido por fogo amigo sobre o Mar Vermelho, enquanto outros dois caíram de seus conveses de voo na primavera. Todos pertenciam ao porta-aviões USS Harry S. Truman, da mesma classe do Nimitz.
O helicóptero MH-60R Sea Hawk é uma das versões mais modernas do modelo, com custo estimado em US$ 40 milhões. Projetado para missões multifuncionais, pode operar como base aérea móvel para combate a submarinos, posto de comando ou resgate em alto-mar. Já o caça F/A-18F Super Hornet, avaliado em cerca de US$ 60 milhões, é um dos principais aviões de ataque embarcados da Marinha estadunidense.
O USS Nimitz, comissionado em 1975, é o porta-aviões mais antigo em serviço ativo nos Estados Unidos e o primeiro de sua classe.
Após quase 50 anos de operação, o navio está previsto para iniciar seu processo de descomissionamento em 2026. Atualmente, o Nimitz atua na região do Indo-Pacífico como parte do Carrier Strike Group 11, responsável por missões de segurança marítima e liberdade de navegação em uma das áreas mais sensíveis do planeta.