
O ex-ministro José Dirceu afirmou nesta terça-feira (28) que o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), tenta transferir ao governo federal a responsabilidade pela crise de segurança no estado.
Em vídeo publicado em seu perfil no Instagram, Dirceu classificou a situação no Rio como “a confissão da falência da gestão de Cláudio Castro”, citando o cenário de violência e descontrole após a megaoperação que deixou 64 mortos e 81 presos nos complexos do Alemão e da Penha.
“O que nós estamos assistindo no Rio de Janeiro é a falência da gestão do governador Cláudio Castro”, disse Dirceu. “Como ele está absolutamente desmoralizado, tenta transferir a responsabilidade da segurança pública ao governo federal. Mas foi contra a PEC da Segurança Pública, que buscava justamente integrar as forças estaduais e federais.” O ex-ministro comparou o caso com São Paulo, onde, segundo ele, a atuação coordenada da Polícia Federal foi decisiva no combate ao crime organizado.
Dirceu afirmou ainda que Castro vive um processo de isolamento político e “paralisia administrativa”. “Ele sequer consegue ser candidato ao Senado ou indicar um sucessor. O governador não assume a responsabilidade pelo descalabro da segurança pública e agora quer transferir essa responsabilidade até para o presidente Lula”, declarou.
Em tom crítico, o ex-ministro ressaltou que o governo federal tem atuado de forma contínua no enfrentamento ao crime, com investimentos em inteligência, integração entre as polícias e controle de fronteiras. “Enquanto o Rio se perde na omissão e na disputa política, o governo Lula trabalha com seriedade, fortalecendo a Polícia Federal e criando uma política nacional baseada em cooperação e resultados”, afirmou.
“O que falta no Rio não é apoio federal. Falta governo, falta responsabilidade, falta compromisso com o povo”, escreveu Dirceu na legenda da publicação. Ele defendeu que o momento exige união e não “cisânia política” diante do agravamento da violência.
O vídeo foi publicado poucas horas depois de Castro declarar que o estado está “sozinho nesta guerra” contra o crime e afirmar que seus pedidos por blindados ao governo federal foram negados.
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