Reunião, resposta a Castro e comitiva: as ações do governo após a chacina no RJ

Atualizado em 28 de outubro de 2025 às 22:23
Policiais em rua do Rio, em meio a carros, com pessoas passando
Policiais em rua do Rio – Fernando Frazão/Agência Brasil

O governo federal divulgou uma nota oficial nesta terça-feira (28) sobre os desdobramentos da operação policial que deixou 64 mortos e 81 presos nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. O comunicado foi publicado pela Casa Civil e informa que uma reunião emergencial será realizada nesta quarta-feira (29) na capital fluminense.

Segundo o texto, a reunião desta terça foi coordenada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, com a presença dos ministros Rui Costa, Gleisi Hoffmann, Jorge Messias, Macaé Evaristo, Sidônio Palmeira e do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos. O encontro teve como objetivo monitorar a crise na segurança pública do estado.

Durante a reunião, as forças policiais e militares federais reafirmaram que não houve qualquer solicitação de apoio do governo do Rio de Janeiro para a realização da operação. A ausência de comunicação oficial entre os governos federal e estadual motivou a convocação do encontro emergencial.

O ministro Rui Costa entrou em contato com o governador Cláudio Castro (PL) e ofereceu vagas em presídios federais para o envio dos detidos. Ele também propôs uma reunião com a presença dele e do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para tratar de cooperação entre União e estado.

O governo afirmou ainda que acompanha de perto os impactos da operação e que mantém disposição para apoiar o Rio de Janeiro em ações conjuntas de segurança pública e gestão prisional.

A megaoperação foi a mais letal da história do estado, com mais de 60 mortos e confrontos que paralisaram transportes e serviços em várias regiões do Rio. O caso provocou reações políticas e levou o governo federal a reforçar a necessidade de coordenação entre as esferas estadual e federal.

Confira a nota na íntegra:

Na tarde desta terça-feira (28), foi realizada reunião na Casa Civil da Presidência da República para monitorar os desdobramentos da operação policial ocorrida no Rio de Janeiro.

O encontro foi coordenado pelo presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e contou com a participação dos ministros Rui Costa, Gleisi Hoffmann, Jorge Messias, Macaé Evaristo, Sidônio Palmeira e do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos.

Durante a reunião, as forças policiais e militares federais reiteraram que não houve qualquer consulta ou pedido de apoio, por parte do governo estadual do Rio de Janeiro, para realização da operação.

O ministro Rui Costa entrou em contato com o governador Cláudio Castro e comunicou a disponibilidade de vagas em presídios federais para receber os presos. Além disso, solicitou a realização de uma reunião de emergência na capital fluminense, com participação dele e do ministro Ricardo Lewandowski, nesta quarta-feira (29).