Quem era “Japinha do CV”, morta em megaoperação no Rio

Atualizado em 29 de outubro de 2025 às 16:31
A traficante conhecida como “Japinha do CV”. Foto: Reprodução

Conhecida pelos apelidos “Japinha” e “Penélope”, uma das principais figuras de frente do Comando Vermelho (CV) morreu durante o confronto com a polícia no complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, na terça (28). A traficante foi morta com um tiro de fuzil no rosto, durante a Operação Contenção, a mais letal da história do estado.

Segundo a polícia, ela resistiu à abordagem e abriu fogo contra os agentes, sendo atingida no revide. Horas antes, uma imagem sua circulava nas redes sociais: a jovem aparecia vestida com roupa camuflada, colete tático e empunhando um fuzil, em posição de combate.

De acordo com o Metrópoles, a “Japinha do CV” era responsável por proteger rotas de fuga e pontos estratégicos de venda de drogas nas comunidades controladas pela organização. Ela era considerada uma pessoa de confiança dos chefes locais, com papel ativo nos confrontos e na defesa das áreas dominadas pelo tráfico.

O corpo da traficante foi encontrado perto de um dos acessos principais da comunidade, após horas de intenso tiroteio. Moradores relataram que o confronto foi um dos mais violentos dos últimos anos, com rajadas de tiros e helicópteros sobrevoando a região durante toda a madrugada.

Corpo da traficante foi encontrado perto de um dos acessos principais da comunidade. Foto: Reprodução

A morte de “Japinha” ocorreu no contexto da megaoperação da Polícia Civil e Militar, que deixou 132 mortos. No dia seguinte, moradores da Praça São Lucas, na Penha, organizaram fileiras de corpos sobre lonas, apontando que o número de vítimas pode ser muito maior.

A Operação Contenção foi planejada para conter o avanço territorial do Comando Vermelho e desmantelar sua base logística, especialmente nas áreas de influência das zonas norte e oeste do Rio. A ação envolveu 2,5 mil agentes, blindados e helicópteros, e foi justificada pelo governo estadual como uma ofensiva contra o crime organizado.

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.