Governadores bolsonaristas se reúnem no Rio para apoiar Cláudio Castro

Atualizado em 29 de outubro de 2025 às 17:23
O governador Cláudio Castro. Foto: Divulgação

Governadores de estados comandados por partidos de direita vão se reunir nesta quinta-feira (30), no Rio de Janeiro, para discutir medidas de segurança pública e manifestar apoio ao governador Cláudio Castro.

A reunião ocorre dois dias após a operação policial mais letal da história do estado, que deixou mais de 100 mortos nos Complexos da Penha e do Alemão. A articulação do encontro é liderada pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), aliado de Castro.

Segundo sua assessoria, o objetivo é “fortalecer a união nacional contra o crime organizado” e discutir formas de cooperação entre os estados. A reunião será realizada no fim da tarde, com a presença confirmada de diversos governadores e representantes do campo conservador.

Entre os nomes confirmados estão Mauro Mendes (União Brasil), do Mato Grosso; Eduardo Leite (PSD), do Rio Grande do Sul; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP).

A assessoria de Mello informou que os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), do Estado de São Paulo; Ratinho Jr. (PSD), do Paraná; e Eduardo Riedel (PP), do Mato Grosso do Sul, ainda avaliam a participação.

Megaoperação no Rio de Janeiro. Foto: Divulgação

De acordo com Mello, o encontro busca discutir “soluções concretas” para os desafios da segurança pública, como o avanço das facções criminosas e a escalada de confrontos armados em regiões urbanas. Uma das propostas em análise é criar mecanismos de cooperação entre as forças policiais estaduais, incluindo o compartilhamento temporário de efetivos e recursos tecnológicos.

Outro ponto que deve entrar na pauta é a pressão sobre o Congresso Nacional para a aprovação de um projeto de lei que classifique facções criminosas como organizações terroristas.

Segundo o governo catarinense, essa mudança ampliaria as possibilidades de atuação das forças de segurança e endureceria as penas contra integrantes de grupos como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Na manhã desta quarta-feira (29), Jorginho Mello já havia participado de uma reunião virtual com Castro e outros governadores para discutir os desdobramentos da operação e coordenar uma resposta política conjunta. O grupo pretende emitir uma nota pública de apoio à atuação do governo fluminense e cobrar uma posição mais firme do governo federal sobre o enfrentamento ao crime organizado.

A operação no Rio, batizada de Operação Contenção, mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar e resultou na morte de 119 pessoas, segundo o balanço oficial. Para aliados de Castro, a operação representou “uma demonstração de força do Estado contra o poder paralelo das facções”.

Guilherme Arandas
Guilherme Arandas, 27 anos, atua como redator no DCM desde 2023. É bacharel em Jornalismo e está cursando pós-graduação em Jornalismo Contemporâneo e Digital. Grande entusiasta de cultura pop, tem uma gata chamada Lilly e frequentemente está estressado pelo Corinthians.