
Os partidos preencheram quase todas as indicações para a CPI do Crime Organizado, instalada no Senado para investigar a atuação de milícias e facções criminosas. Entre os titulares confirmados estão Flávio Bolsonaro e o ex-ministro Sergio Moro. O colegiado contará com 11 titulares e 7 suplentes, durante o período previsto de funcionamento.
Do lado governista, o PT indicou Rogério Carvalho e Jaques Wagner. O senador Fabiano Contarato, que já atuou como delegado, ficará na suplência. Também foram indicados Alessandro Vieira (MDB-SE), Marcos do Val (Podemos-ES), Otto Alencar (PSD-BA), Nelsinho Trad (PSD-MS), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Magno Malta (PL-ES) para as vagas titulares. Para a suplência, já foram confirmados Marcio Bittar (PL-AC), Zenaide Maia (PSD-RN) e Eduardo Girão (Novo-CE). O Republicanos ainda não oficializou indicações e duas vagas de suplência permanecem abertas.
O senador Alessandro Vieira, autor do requerimento apresentado em fevereiro que originou a instalação da CPI, articula para assumir a relatoria. A definição depende do acordo sobre a presidência do colegiado e da distribuição interna de funções conforme representação partidária.

O colegiado será instalado na próxima terça-feira (4), no Senado. A comissão terá como foco a apuração da estruturação, expansão e funcionamento do crime organizado, com ênfase na atuação de milícias e facções nos estados. A previsão inicial de funcionamento é de 120 dias, com possibilidade de prorrogação.
Segundo comunicado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a CPI deverá monitorar redes criminosas com impacto nacional. Ele afirmou que a iniciativa busca aprofundar levantamentos e identificar mecanismos de operação de organizações que atuam em diferentes regiões do país.
A criação da comissão ocorre após operação policial no Rio de Janeiro contra a organização criminosa Comando Vermelho registrar mais de uma centena de mortos, segundo o governo estadual. A Defensoria Pública informou balanço preliminar de 132 fatalidades. As indicações restantes devem ser definidas antes da abertura formal dos trabalhos.

