
O Brasil criou 213 mil empregos formais em setembro de 2025, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado, obtido a partir de 2,29 milhões de admissões e 2,07 milhões de demissões, ficou acima da projeção de 170 mil vagas feita por analistas consultados pela Bloomberg.
O desempenho também foi superior ao registrado em agosto, quando o saldo foi de 147,4 mil vagas, mas inferior ao de setembro de 2024, que havia somado 252,2 mil novos postos de trabalho. No acumulado de 2025, o país registra 1,717 milhão de vagas criadas, ligeiramente abaixo do resultado de 1,743 milhão no mesmo período do ano anterior.
Durante a divulgação dos dados, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, ironizou as previsões do mercado. “Não sei se tão especialistas assim, porque projetaram no máximo 175 mil, e o número é de 213 mil postos de trabalho”, afirmou. O ministro voltou a criticar a política de juros do Banco Central, dizendo que a taxa elevada “dificulta investimentos e o crescimento sustentável do emprego”.
Os cinco principais setores da economia apresentaram saldo positivo. O setor de serviços liderou a geração de vagas, com 106,6 mil postos, seguido pela indústria (43,1 mil), comércio (36,6 mil), construção civil (23,9 mil) e agropecuária (3,2 mil). A avaliação do MTE é que o mercado de trabalho segue aquecido, com estabilidade nas contratações em todas as regiões.

Entre os estados, São Paulo liderou a criação de empregos, com 49,1 mil novas vagas, seguido por Rio de Janeiro (16 mil) e Pernambuco (15,6 mil). Quando considerada a proporção de trabalhadores formais, Alagoas teve o melhor desempenho percentual, com crescimento de 2%, seguido de Sergipe (1,7%) e Paraíba (1,14%).
Para o governo, os resultados reforçam a tendência de recuperação gradual do emprego formal, impulsionada por programas de incentivo à contratação e aumento da confiança empresarial. O MTE deve divulgar, em novembro, um balanço detalhado por faixa etária e gênero, com projeções para o último trimestre do ano.

